Reflexão de fevereiro: perder o fio da meada

Não sei se você reparou, mas agora meus textos mais íntimos entram no blog uma vez por mês, geralmente nas últimas semanas de cada um. Preferi assim porque aí dá tempo de viver as coisas todas e entender o que elas quiseram me dizer.

O problema é que em fevereiro elas estão mudas.

Parece que tudo o que fiz foi me distrair com aleatoriedades. Como dizem por aí, acho que perdi o fio da meada. E justamente num ano planejado com tanto cuidado. Como pude? Que façanha. Bom, chega de me lamentar. Agora, me resta encontrá-lo em meio à bagunça.

Li esses tempos que todo caos carrega em si a semente da ordem. Não vou lembrar onde foi, mas bonito isso, né? Me sinto assim escrevendo: giro no meu próprio vórtice de sentimentos até encontrar seu centro. No fim das contas, está tudo no mesmo lugar.

Então melhor começar logo. Que sentimentos estou colecionando?

Não tenho nem nome para eles, ando tão dispersa. Como era mesmo o sinônimo que usei antes? Distraída. O que de tão interessante tem acontecido para eu ficar assim? Acho que nada extraordinário. Inclusive, geralmente é dos eventos ordinários que tiro os melhores aprendizados.

Então não foram as coisas que me distraíram. Eu é que ando distraída de mim. Só me enrolei um pouco na meada. Olha o fio aqui. Pronto, agora finalmente posso escrever.