Eis que estou de volta para mais um Aprendizado da Semana! Essa é uma seção de periodicidade indefinida aqui no blog, então funciona assim: quando tem, tem (confira aqui o post #1 da série), hahahaha! Afinal de contas, não dá pra mandar muito naquilo que nos acontece, né? Os eventos são todos aleatórios e sem agenda! Mas dá, sim, pra extrair o melhor sempre que possível deles. <3
Hoje eu vim com a maior vontade de falar sobre ação e reação – e a diferença entre as duas coisas. Vamos esquecer as aulas de física e nos concentrar apenas nas palavras e no seu significado dentro do nosso comportamento. Que ação é diferente de reação nós sabemos: mas porque flexionar o verbo da primeira é tão melhor do que flexionar o verbo da segunda para nossa paz de espírito?
Ação e reação
Vou responder contando um pouco sobre minha personalidade: desde que me conheço por gente, fui uma pessoa reativa. E isso já me causou uma série absurda de problemas – desentendimentos, brigas, arrependimentos, confusões, enfim. Demorei a reconhecer que meus impulsos vorazes para verbalizar qualquer tipo de incômodo só me prejudicavam e não me traziam nada de bom.
A verdade é que, quando você é uma pessoa reativa, constrói ação, mas ação impensada. Sabe aquela resposta no calor do momento? Sabe aquela ofensa que jamais poderia ser dita? Sabe aquela bronca que não deu nem chance pra ouvir melhor a outra parte? Então. É assim que funciona a reação.
E a reação dói no seu alvo, mas dói também no seu dono. Foi só depois de muito tempo analisando casos passados da minha vida que percebi o quanto, ao ferir, eu também me machucava. Vi que esse não era o caminho e que, para mudar, tinha só que tirar duas letrinhas da frente da palavra: em vez de (re)ação, ação. Nada mais, ainda que isso faça a maior diferença.
Passei por uma situação há pouco tempo que clamava para que eu simplesmente reagisse. Fui completa e visivelmente invadida por alguém que me conhece muito pouco. Mas, em vez de simplesmente morrer de raiva e dizer umas verdades pra essa pessoa, eu resolvi fazer de outra maneira. Me dei um tempo para pensar e, só depois disso, encontrei uma solução que ficasse boa de verdade para mim.
Hoje, vejo que esses passos contribuem para que eu seja alguém melhor para mim mesma e, consequentemente, para as pessoas – mesmo que em muitos casos o que as mova sejam sentimentos ruins. Não reajo, mas me permito o benefício de agir quando necessário – e às vezes até não reagir.
O que acontece é que, nesse estágio da vida, me esforço para buscar sempre a neutralização de todo e qualquer incômodo causado. Tem vezes em que percebo a maneira gratuita com que veio da outra parte e, conscientemente, faço algo a respeito – inclusive em outro momento, o que é uma vitória pra mim. Mas também tem vezes em que não ajo por opção e sem rancor nenhum guardado.
Em outras situações, acabo notando que não é sobre a intenção da pessoa, mas sobre os meus próprios fantasmas internos (aqueles sentimentos reprimidos ou mal-resolvidos que todo mundo tem!). E estar em sintonia com isso é fundamental. Porque é aí que a gente se reconhece, se enxerga, se aprende, se muda, enfim, se aprimora. Que tal você experimentar agir (interna ou externamente) em vez de reagir?
Bom restinho de semana pra você. <3
15 comentários
Nossa, me vi nesse texto e nunca tinha parado pra pensar que era uma pessoa reativa! Sou uma pessoa até “radioativa” nessas horas, tamanho perigo das minhas reações. Sou uma pessoa que se acostumou com rótulos dados pela família: explosiva, pavio curto, intempestiva, cri-cri… Pois é nenhum deles é bom mas nunca tomei uma atitude pra mudar isso, apenas achei um ponto forte da minha personalidade, mesmo que eu mesma sofra com as consequências disso. Vou aceitar sua proposta e começar a agir ao invés de reagir pra ver se me torno uma pessoa melhor pra mim e para os outros. Boa reflexão, bom cutucão!
Ah, ganho a vida com esses comentários! É uma alegria imensa poder ajudar você nesse despertar, Dani! <3
Já sofri muito por conta de reações que tive. Aprendi pela dor, a importância de ponderar sobre ações.
Thais, me identifiquei muito com seu artigo. Medito há algum tempo e uma das mudanças que notei foi exatamente isso, uma melhor auto consciência e uma reação a situações desagradáveis mais bem pensada, com menos impulsividade.
Que lindo caminho! <3
os melhores textos
O que acontece é que, nesse estágio da vida, me esforço para buscar sempre a neutralização de todo e qualquer incômodo causado. Tem vezes em que percebo a maneira gratuita com que veio da outra parte e, conscientemente, faço algo a respeito – inclusive em outro momento, o que é uma vitória pra mim. Mas também tem vezes em que não ajo por opção e sem rancor nenhum guardado.
VOU LEVAR PARA VIDA ESTA PARTE
<3
Como as pessoas agem é carma delas, como vc reage é teu. Seja filtro e não esponja.
Sábias palavras, Ana Flora! 🙂
Oi Thais.
Li o primeiro post e fiquei ansiosa esperando pelo próximo, pois me identifiquei muito. Minha família costuma me chamar de ‘pavio curto’, ‘pimenta’, entre outros adjetivos. Agora, tenho como meta buscar mais harmonia em minha vida, me tornar uma pessoa menos reativa, digamos assim.
Adoro o blog e cada post que vocês fazem. Parabéns e mais sucesso, sempre.
Querida, obrigada pelo seu comentário! Que a gente possa ser agente de nossa mudança interior, sempre. <3
Adorei o texto e como me identifiquei passei por algumas semanas momentos muitos reativos e não foi legal e quem dera pudéssemos em algum momento voltar atrás né e estava conversando justamente com a amiga como neutralizar, como agir e não ser essa explosão e entao esse é o foco, compartilhe mais e mais enquanto isso a busca por melhores ações #vcssaodemais
<3 O importante é se dar conta e querer mudar, sempre! <3
TEXTO MUITO BOM E APROPRIADO PARA MIM NESSE MOMENTO. PARABÉNS PELO POST….
Obrigada, Andréia! Espero que possa te ajudar de alguma maneira. <3