Quem ainda não sabe da existência do Sessão Pijama tá perdendo, hein? Criei esse quadro mensal para o nosso canal do Youtube (inscrevam-se!) com o intuito de ajudar vocês sobre os mais variados assuntos, sempre embasada pelos conhecimentos adquiridos na #escoladavida, hahahaha!
O primeiro vídeo foi sobre relacionamentos e o segundo é sobre carreira! Aliás, esse último tema teve um montão de perguntas, perdendo apenas para o anterior! É por isso que quero complementar o papo com alguns insights relacionados ao assunto – quem sabe possa ajudar mais gente!
Mas, primeiro, peguem a pipoca e deem o play!
Gostaram do novo cenário? Percebi que seria bacana começar a mudá-lo de acordo com o tema do vídeo. Agradecimentos à Aldeia Coworking, que me proporcionou um montão de conhecimento sobre Youtube no curso com o Ricardo Almeida (a.k.a. o cara que gerenciava o canal da Kéfera!).
Carreira
Vejo que a nossa geração (mulheres de 25 a 35 anos, vamos dizer!) é aquela que veio para transicionar o pensamento dos nossos pais para um outro modo de vida. Se para eles a carreira enquanto estabilidade – e anos trabalhando na mesma coisa – era fundamental, para a gente isso já não soa mais tão bem.
No entanto, começamos cedo a pensar nisso: Ensino Médio, cursinho pré-vestibular, escolha da melhor faculdade (aos 17 anos!), emprego formal, pós-graduação… Enfim, seguimos o fluxo de tudo isso e agora, já dentro do mercado de trabalho e com experiência, vemos que esse não é o lugar onde queríamos estar.
Rola aquela insatisfação: com a impossibilidade de crescimento na área, com os baixos salários, com as horas excessivas de trabalho ou com o próprio enjoo daquilo que regeu nossas vidas por tantos anos. A motivação não importa: vejo que muita gente está insatisfeita, mas tem medo de mudar!
E decreto: TÁ TUDO BEM. Mudar é bom. Dá trabalho, mas é bom! Já me perguntaram muitas vezes como foi, para mim, sair do Jornalismo e ficar “apenas” com o blog. Foi menos difícil do que eu pensava, porque sempre mantive um pé em cada lugar – nunca trabalhei com o abandono repentino!
Um pouco da minha história
Escolhi a hora certa de fazer essa transição – e, por muito tempo, trabalhei 8 horas por dia (ou mais) num emprego formal enquanto fazia uma pós e enquanto escrevia nesse mesmo ritmo de hoje para o blog. Foi fácil? Não foi. Tinha dias que eu literalmente chorava de cansaço na frente do computador.
Só que aí as coisas no meu emprego formal foram piorando por uma série de razões – e o blog foi crescendo cada vez mais. Então, de forma consciente, pedi a conta, montei um espaço melhor para trabalhar com o CDD e toquei o barco! Mas houve, sim, muito preparo prévio!
Guardei dinheiro numa poupança para que pudesse me manter mesmo que desse tudo errado e a gente recebesse bem pouquinho no tempo que viria a seguir (o que não aconteceu, mas eu estava pronta para tudo). E eu contei com o apoio da minha família para tudo que fiz – sou grata por isso até hoje!
Sei que a minha situação foi propícia para a mudança – e sei também que a realidade de cada pessoa é uma: tem mulheres com filhos, tem mulheres que sustentam os pais, tem mulheres sem tempo nem de respirar, hahahaha! Entretanto, de uma maneira ou de outra, sair da zona de conforto dói.
Dói mesmo, dói muito! Passam muitas preocupações na nossa cabeça de ordens variadas, mas é o processo que nos leva a chegar onde desejamos. Infelizmente, não dá para piscar o olho e ver tudo transformado, com a gente no topo da nova carreira tão almejada.
Nunca é tarde para mudar
Eu adoro dizer isso porque acredito de verdade nessa máxima. Ninguém sabe se haverá uma próxima vida ou se é só essa mesmo. Então a gente merece aproveitá-la ao máximo fazendo o que gosta, desenvolvendo potencialidades, enfim, trabalhando com aquilo que fomos feitas para ser!
E sim, às vezes existe mais de uma coisa na qual somos boas – e não tem problema nenhum nisso! O grande lance é que a gente possa entrar em contato com nosso íntimo (guiadas ou não por um profissional) e descobrir o que é isso de tão fundamental no nosso papel enquanto seres humanos.
Porque é esse papel, esse propósito, que acaba guiando nossas escolhas – mesmo que uma área pareça não ter nada a ver com a outra, acontece de elas terem pontos em comum que conversam com quem a gente é de fato. Escolher entre uma e outra depende única e exclusivamente de mim, de vocês.
O fator de desempate pode ser o dinheiro, a ascensão, o mercado – sim, há quem veja o fator prático da coisa toda também! E isso é individual. Ninguém tem o direito de se meter. Afinal, quem corre o risco somos nós – e somos nós que sabemos o quanto perdemos e o quanto ganhamos, como em tudo na vida.
Concluindo
Por isso, digo: se vocês estão insatisfeitas com as próprias escolhas profissionais, iniciem a mudança! Pode ser começando a descobrir suas próprias vocações, analisando o mercado, preparando o terreno para o futuro… Não importa! Saibam apenas que não vivemos num sonho dourado, onde tudo sai como o planejado. Mas eu acredito, de coração, em FAZER algo a respeito. Espero ter inspirado vocês! <3
15 comentários
Adorei o texto, Thaís. Sou funcionária pública e minha carreira, que era para ser relativamente interessante e promissora, está estagnada, desvalorizada e com salário congelado desde 2011. A situação já está ruim, mas agora parece que vai piorar: os escritórios no interior estão sendo fechados um a um e os funcionários realocados para trabalhar na capital, onde não conheço ninguém e meu salário fica ainda risível. Tenho pensado que essa deterioração da carreira tem o lado positivo de me fazer questionar as 8 horas que passo sem nenhuma motivação no trabalho e me incentivar a fazer algo que me traga mais satisfação mas, por outro lado, não tenho ideia do que gostaria de fazer, ou do que tenho talento para fazer. Mas, de fato, preciso começar esse processo de questionamento e de auto-conhecimento, para poder fazer a transição com um mínimo de segurança quando for a hora.
Maíra, às vezes esse é mesmo um sinal do universo pra você repensar! Aproveite a chance, espero que encontre o melhor pra você! <3 Grande beijo!
Muito legal o vídeo. Mas a gente sempre pensa que para ter um a profissão é necessário ter uma faculdade. Temos que lembrar que tem outros cursos que profissionalizam como curso técnico, essas carreiras de 2 anos, os cursos do SENAI por exemplo que são mais curtos e de muita qualidade. Claro que depende da área… Mas pensar em formações mais curtas para entrar em uma profissão é uma possibilidade boa, por que te permite um investimento de tempo e dinheiro menor. Se você se encontra na carreira, aí sim pode pensar em uma faculdade, uma especialização ou algo assim. Hoje em dia vejo que se valoriza muito mais a experiencia profissional do que ter um diploma de uma super universidade sem nenhuma experiencia….
Tem razão, Cassi!
Vi seu video e me fez muito bem
Ja vi mais de uma vez
..tomara que a menina se encontre e saiba tomar a decisao certaa…Eu sou fomada em uma área, trabalho em outra, e tenho paixao por outra area kkkk
beijos
Thais, seus textos sempre me inspiram. Sou formada em arquitetura não exerço a minha profissão, mas não foi minha escolha, trabalho como secretaria em uma escola de inglês e não posso dizer que sou feliz, realizada no que faço, penso sempre que é algo provisório. No início do ano resolvi que faria algo para mudar, amo maquiagem, sempre que posso estou nos blogs e assistindo tutoriais na internet, fiz um curso de maquiagem profissional, e estou atendo de sexta a noite e nos finais de semana, fico exausta porém realizada, e acho que é isso o que importa. Sim, nunca é tarde para mudar e podemos começar aos poucos, o que não podemos é nos acomodar.
Obrigada pelo texto de hoje, só me motivou mais =D
Que bom, Ju! Fico imensamente feliz em ler isso. Siga em frente! <3
Suas dicas são sempre ótimas, Thais! Adoro essa sessão pijama, uma conversa entre amigas mesmo, assim que me sinto! 😉
<3
Ótimas reflexões.
Thais, amei o texto e me inspirou muito!!
Há um ano fui demitida (trabalhava em agência de viagens e sou turismóloga) e logo em seguida criei um blog de viagens, porque amo compartilhar histórias e tentar inspirar as pessoas a viajarem mais. Claro que atualmente não ganho tão bem, mas criei uma loja com produtos artesanais para viajantes, faço roteiros de viagens personalizados e tenho uma ajuda da minha família. Apesar de ser difícil, não tenho palavras para explicar o quanto sou grata por amar o que estou fazendo sabe.. é muito gratificante! E é como você disse mesmo a mudança é bom e importante para nossa evolução, e muitas vezes ficamos com um medo muito grande de mudar, e quando passamos por aquilo, nem era tudo isso! Um dia escutei uma frase assim..: O que você fez hoje que te deixou mais perto do seu sonho/objetivo de vida/metas? E levo isso pra vida, pra não esquecer o quanto é bom fazer o que amamos. Beijos!!
Que pergunta maravilhosa a se fazer todos os dias, Ju! Parabéns pela sua coragem em mudar. Que você colha muitos bons frutos disso! <3 Super beijo!
AI Thais, queria mandar um texto oor email para você, mas não sei se ainda dá hehe :/ Espero que possa me responder aqui se ainda posso ou não 😀
Que matéria linda Thais! Vou até compartilhar no meu face! Parabéns pela coragem e garra!
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