[Eu, a rainha da nostalgia, sim!]
Um tempo atrás, resolvi abrir um caixa grande que fica no armário em cima da minha cama – um lugar em que eu não mexia há quase dois anos. Nela ficam meus antigos diários. O primeiro é de 1996, quando, no auge dos meus 10 anos, contava sobre meu dia, meus dilemas e meus compromissos de criança. Segui com esse costume até os 18, por incrível que pareça!
Não teve como não rir de mim mesma ao ler aquelas palavras todas: elas manifestam coisas tão absurdas e próprias da idade que só o tempo mesmo foi capaz de desconstruir. Tinham as milhares de paixões platônicas da escola, relatos sobre o primeiro beijo, declarações de amor para ídolos teen, histórias longas sobre tretas idiotas com amigas, listas intermináveis de sonhos e coisas a realizar.
De tempos em tempos, gosto de revisitar meus vários eus, porque eles me fazem lembrar não só de quem eu fui, mas também de quem eu ainda sou. É incrível perceber o quanto a gente não muda em alguns aspectos! Não só de devaneios adolescentes vivem nossos antigos diários: eles registram características tão profundas da nossa personalidade que merecem ser revistas volta e meia.
Existem coisas que a Thais de 20 anos atrás já abandonou naturalmente – e para o bem! Mas tem outras que ainda permanecem enraizadas dentro de mim. Acho importante percebê-las, pois ainda precisam de mais atenção e carinho da minha parte, mesmo tanto tempo depois. São aqueles pequenos traumas, os sonhos íntimos que nunca saíram do papel, a relação com meu eu.
Olhar esses antigos diários é sempre um exercício que me requer força, pois me volta automaticamente para dentro de mim. Por isso, só o faço quando estou tranquila e movida pela vontade de me entender melhor – nunca em momentos tristes ou de muita euforia. Fico grata àquela menina que começou a escrever sua história tão cedo, porque, sem ela, muita coisa importante teria se perdido no tempo.
E você, ainda guarda seus antigos diários?
Agora é a sua vez de me contar! Seus diários estão esquecidos há muitos anos ou você costuma ler algum de vez em quando? De que forma o que está escrito impacta em você?
33 comentários
Ai, guardei meus diarios de 2001 (quando eu tinha 12 anos) a 2005 por muitos anos e tinha muito apego por eles mas, em 2016 li o livro da Marie Kondo e ai achei que aquilo ocupava mais espaço do que servia pra aguma coisa porque, pra falar bem a verdade, quase nunca lia. Mesmo assim não consegui jogá-los fora até semana passada, quando li tudo e memorizei algumas datas importantes antes de jogá-los.
Mas, os diarios foram uma experiência maravilhosa, lembro que me acalmavam muito com os meus dramas adolescentes.
Tahis tenho meus diários desde 1992. Gostaria de divulga-los. Estórias que não deveriam ser esquecidas ou gostaria de alguem pude-se ler. Como faço ?
Eu guardei os meus por anos, mas acabei descartando por falta de espaço pra guardar.
Escrevi diários dos 6 aos 18 anos (até 2004), e passei por todos os estilos de escrita que podia… dos relatos corridos em forma de diário, mesmo, na infância, até frases e pensamentos aleatórios, escritos em código (haha), colagens de fotos de artistas e garotos que me interessavam na época, letras de músicas, mensagens das amigas, etc, já na adolescência. Faz um bom tempo que estão todos em uma caixa no alto do meu armário, nunca mais mexi, mas seu post me fez ter vontade de recordar aquele período, Thais. Quem sabe uma hora crio coragem, rs… Mas jogar fora, jamais, afinal são parte da minha história, e nem só de manter objetos “úteis” se vive, né? Super beijo!
Com certeza! <3
Nossaaaa, Thaís, nestas férias mesmo desenterrei os meus. Tenho de 95,96,97…mesmos assuntos q os teus…kkk…e os diários (agendas), são de marcas q nem existem mais ou mudaram a vibe…tipo os da Colcci quando inda tinham aquele mascote bochechudo e amarelo…kkk…pakalolo…fourteen…kkk..coisas bem “noventosas”…enfim, me identifico muito contigo, o lance de se bastar, de curtir ser dona de si e não precosar de seu ninguém para viajar pelo mundo, ler muito, curto o mesmo estilo q o teu e admito (hoje, sem vergonha), amooooo ver cravos e espinhas serem apertados…ahuahuahua…diquinha…procure pelo canal da M Reina, uma esteticista espanhola q faz tudo com muito asseio e tem até musiquinha relaxante ao fundo para nos deliciarmos…kkkk
HAHAHAHA, Ana, amei! <3 Vou olhar! E fico muito feliz que se identifique comigo! 🙂
Ai Thais, como ei queria ter meus dois diários de volta…
Tive eles por volta dos 9 á 11 anos. Não escrevia diariamente, mas lembro bem do segundo, era amarelo com dois dálmatas na frente (sim os da Disney haha). Não sei que fim tiveram, minha mãe deve ter descartado junto com tranqueiras que vamos acumulando. Hoje o que tenho guardado são duas agendas em que eu escrevia poemas, versos etc… Cartas de amigos que a gente trocava na escola, alguns cartões que ganhei de aniversário. Mas seria tão bom se tivesse meus diários.
Espero nunca perder de vista a criança que fui um dia. Bjs!
<3
Oi! Eu tinha uma agenda igual a sua de “anjos” mas infelizmente nao guardei.
Vc tem como partilhar as paginas que vinham informacoes sobre os anjos? Lembro ate que tinga uma tabela para cada dia do ano.
Obrigada.
Oi, Thaís! Poxa, que matéria mais nostálgica… Assim como você e a Renata, eu também tinha uma agenda idêntica a essa dos Anjos. Eu tinha 15 aninhos na época… tantas lembranças lindas… mas, infelizmente, acabei perdendo há alguns anos. Também gostaria muito de rever essas páginas que continham informações a respeito dos anjos. Se você puder postar algumas fotos delas e um pouco mais da capa, eu ficaria muito agradecida. Eu amava aquela agendinha. Saudades eternas daquela época. Acho que sou uma saudosista como você, rs! Mas, é tão bom lembrar desses momentos, não é?
Beijos!
Guardo sim! O primeiro de 93 capa tecido feita por mim o último… Acho q não tem pq tem um caderno na estante que volta e meia recebe um desabafo, o registro de algo que quero me lembrar de forma mais vivida. Guarde também folhas soltas que sabe Deus pq don Mary Kondo fui acomodando num classificador desmontando de velho . As folhas de coisas escritas em caderno, provavelmente na escola, aqui é ali. Releio encontro uma mocinha q entendo profundamente mas, não consigo me aproximar… Queria poder abraçar lá
Recomendação pra você Thais: Tem um filme/documentário chamado “Mortified Nation” sobre uma galera que se reune nessas casas de show/stand up nos estados unidos pra ler passagem dos diários antigos deles pro público, é suuuper divertido
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=x3DmdV9XByY
Bia, já amei! Obrigada pela dica <3
Eu até os guardei por muitoooo tempo, mas quando me mudei senti uma vontade enormeeeee de levar menos coisas e joguei todos fora. Não fiquei triste por isso, pelo contrário.
Thais 🙂 você é uma pessoa tão meiga e fofa que é impossível não morrer de amores por você!!! Sempre choro lendo seus posts, eles me fazem repensar muitas coisas em minha vida, apesar de não lhe conhecer pessoalmente quando leio suas histórias, opiniões e desabafos eu me sinto mais “normal” e mais “solta” me identifico com muitas de suas histórias, é como se você fosse uma amiga querida com quem posso sempre contar! Obrigada!!!
AI, MEU CORAÇÃO <3 MUITO OBRIGADA, mesmo, pelas palavras tão carinhosas! É um prazer imenso poder ajudar do jeito que consigo!
Amei o post!! Eu guardo todas as minhas agendas, comecei em 95 com 12 anos e fiz até acho que em 2009, 2010 por aí… Já tive da Colcci (ahhaha bem essas que a Ana Flora comentou, do mascote, aliás, tenho uma camiseta dele até hj tb rs), de Anjos, da Xok, do Pooh, Charme, Eco Agenda… todas enormes e cheias de clipes coloridos com tudo o que é coisa que eu achava legal, amostra de perfumes, códigos, recordações das amigas, cartinha dos bofes, papéis de carta, fotos dos gatos da época, aqueles adesivos que vinham na revista Carícia/ Capricho… deu até vontade de resgatar elas de onde estão guardadas e relembrar…
Busca, busca! 🙂
Eu fiquei dois anos sem diário, tente um app de diário mas reconheço preciso do de papel nele faço planos, desabafo tenho necessidade de colocar para fora num lugar que só eu vou ler tentei terapia mas não funcionou para mim.
Nossa, eu tenho diário desde 2003, nao escrevi apenas em dois anos. Tenho todos guardados, recentemente tava atrás de um detalhe da minha vida e tive que recorrer à eles. Foi muito interessante, sai lendo um por um ate achar o q eu queria. kkkkkkkkkkkk. Eu sempre escrevi nos diários pra mim mesmo, pra eu lembrar que fiz e o que eu pensava, mas com o passar do tempo eu percebi q estava escrevendo menos os meus pensamentos (e é a melhor parte eu dava cada risada). Entao, esse ano eu estou bem empolgada de escrever tudo. Minha única preocupação é de alguem ler, nao pq tem muitos segredos, mas porque meu jeito de escrever é bem peculiar kkkkkkkkkkkkkkkk.
Adorei esse texto, alias estou adorando essa tematica. beijoooooo
Eu tive uma crise existencial ano passado q passei a renegar o meu passado e acabei queimando meu diario (mas ele só tinha uns 10 dias esporádicos relatados) 🙁
Guardo todos que tive, acho muito legal ler e ver o quanto a gente mudou e amadureceu… Não penso em desapegar dos meus.
Guardo e leio de vez em quando… muito raro na verdade…
Lembro que na época que comecei (com uns 13/14 anos) eu escrevia ‘normal’.. até meu irmão pegar a chave do meu diário e ler as coisas e contar pra mim mãe..
Depois disso, lembro que inventei um ‘código’ pra escrever e utilizar as agendas como meus diários..
Acho que até uns 22 anos eu fiz.. depois disso, até escrevo uma coisa ou outra (pra não esquecer os tais códigos que inventei)… senão nem eu mesma conseguirei ler se eu algum dia esquecer como escrever..rsrsrsrs
hahahahaha, que engraçado, guria! Adorei!
Eu ainda tenho alguns guardados sim, e leio lembrando com carinho das minhas fases preferidas da vida, infância/adolescência, que tempo bom! Tenho cartinhas guardadas em um fichário que trocava com uma amiga minha do prédio, escrevíamos a cartinha e colocávamos embaixo da porta de casa, haha, amava tanto! <3
Ai, que amor <3
Eu guardava os meus, desde que tinha uns 12 anos. Escrevia cartas para mim ler no futuro, com objetivos e planos! Ajudou muito também com alguns problemas, a resolvê-los e superar também, acho que é uma certa terapia ler depois de um tempo. Acabou que alguns perdi uma vez que pegaram chuva (ficavam guardados em uma caixa no terraço) e outros resolvi me desfazer, desapegar como forma de esquecer rs
Mas ainda tenho uma “caixa das lembranças” mesmo depois de 10 anos, ainda tenho cartas de uma amiga virtual de longe, fotos e lembranças antigas e um anel que meu noivo me deu no nosso primeiro mês de namoro em 2009 <3
Ana!!! Também mantenho uma caixa de lembranças com coisas desse estilo aí!
EU tenho mais ou menos 15 anos registrados em diários e guardo com maior carinho em uma caixa, nunca vou me desfazer pq são parte do que eu fui e sempre que leio lembro do que senti e até mesmo dos fatos registrados, tmb usei a agenda da Xok no ano 2000
É noixxxx! 🙂
Eu sou a louca dos diários, comecei aí pelos 12 anos e continuo até hoje hahahha volta e meia releio sim, às vezes busco determinados acontecimentos ou datas especiais e às vezes pego ao acaso e vou lendo. É muita coisa e reler me desperta vários sentimentos, muitas vezes fico feliz por ver o caminho que tomei, outras fico angustiada por relembrar certas coisas ruins ou mesmo coisas que na época eu não via o quão ruins eram e o quanto me afetariam por anos. Eu amo ter essas recordações, e me olhar de novo com novos olhos.
eu joguei alguns fora, só fiquei com as agendas dos ultimos anos de ensino médio e as que eu que anotava coisas da epoca de estágio e faculdade, na verdade nessa epoca eu usava mais para me organizar, mas sempre anotava se alguma coisa boa que tinha acontecido no dia, ou alguma experiencia nova, mas os diários mesmo de quando eu era mais nova eu joguei fora, porque nao queria lembrar da maioria das coisas que escrevia, há 3 anos parei com as agendas de papel e escrevo meu diario online pelo evernote, escrever sobre meus pensamentos e sentimentos é uma terapia para mim, nao vivo sem.