Acho que, se eu perguntasse se sou uma pessoa envergonhada, praticamente 100% das pessoas que me conhecem pessoalmente diriam que não – pelo contrário: falariam que sou um dos seres mais cara-de-pau de que já tiveram notícia. Mas a verdade é que nem sempre foi assim!
Já sofri com umas vergonhas tão aleatórias que vocês não fazem ideia! A sorte foi que, com o tempo, percebi que elas não tinham nada a ver e deixei todas para trás. Vou contar aqui algumas, aí vocês me dizem se já tiveram (ou se ainda têm) alguma. Então vamos lá!
Minhas vergonhas: #1 Depilação
Quando era mais nova, depilava a virilha só quando tinha que usar biquíni ou arrumava um namoradinho novo (risos). Ou seja, nos entremeios de tudo isso, deixava o matagal tomar conta sem dó! Aí, quando pisava na cabine da depiladora, já ia dando 450 tipos de justificativa pra situação. Morria de vergonha de estar daquele jeito. Um belo dia, uma profissional me respondeu: “mas se você estivesse sem pelos nem precisava vir aqui, né?” – uma sábia da obviedade. Foi assim que me dei conta de que não tinha nada a ver pirar com isso. Afinal, vejam bem: depilar é justamente o propósito da coisa.
Sobre isso, acho importante um parênteses: considero que pelos são uma questão bastante pessoal. Eu, Thais, me sinto melhor tirando mensalmente, mas se para alguma de vocês não tirar é mais interessante tá tudo bem também! <3
Minhas vergonhas: #2 Ficar pelada
Falando em coisas ~íntimas, ficar pelada já foi uma das minhas vergonhas. Minha mãe sempre foi muito reservada e aprendi com ela a ser assim também. Acontece que isso se estendia a várias esferas necessárias da vida, tipo ir na ginecologista ou transar. E aí não tem como viver sem se entregar, né? Passei a encarar esses processos com mais naturalidade – um corpo é um corpo, oras! O que o meu tinha de tão “errado” em relação ao dos outros, afinal? Hoje, não vejo problema com a nudez. Não é que saia peladona por aí, mas se precisar vou que vou, hahahaha!
Minhas vergonhas #3: Pedir ajuda
Ainda estou trabalhando nessa, confesso! Mas, antigamente, o “pedir ajuda” se estendia a muita coisa, incluindo, sei lá, estar perdida numa rua e precisar de orientação. Morria de vergonha! Com essa bobagem eu parei. Ainda tenho minhas reservas em pedir ajuda emocional e financeira quando elas são necessárias. Uma vez, meu amigo Alex Cursino (que é um blogueiro lindo de moda masculina) me disse que eu era muito orgulhosa. Foi um mini tapa na cara desses do bem, porque me fez pensar que sim, às vezes eu acabo achando que pedir ajuda é sinônimo de fraqueza, quando na verdade é de pura força.
Minhas vergonhas #4: Falar com os homens
Nossa, eu era uma zero à esquerda nos assuntos amorosos quando mais nova. Vivia apaixonada platonicamente e só de pensar em me dirigir ao cara já me tremia inteirinha! Hoje sou bem cara-de-pau nesse sentido, hahahaha! Se estou com vontade de iniciar uma troca, chego e puxo assunto mesmo. Parto hoje da seguinte premissa: “o ‘não’ eu já tenho, mas e vai que dá boa?”. E, sim, já levei meus foras, mas em boa parte do tempo deu super certo. É claro que, para isso, rola toda uma preparação psicológica – ou seja, saber que a rejeição faz parte, mas que ela não é causada por um “defeito” meu, entendem?
Minhas vergonhas #5: Conversar com estranhos
Essa eu tinha super forte quando ainda cursava Jornalismo. Tinha que abordar pessoas na rua ou ligar para desconhecidos para minhas entrevistas e quase morria por dentro. Gaguejava, dizia o nome errado, treinava mentalmente minha apresentação primeiro. Mas a profissão me ensinou a ser mais desinibida quanto a isso, afinal, como está escrito nessa mesma frase, tava trabalhando. Qual o pecado de tentar, não é mesmo? Teve um momento em que já estava tirando de letra. E, até confesso, sinto falta de resolver minhas coisas profissionais pessoalmente ou pelo telefone de vez em quando!
Minhas vergonhas #6: Ir para a academia
Nossa, com essa eu já sofri muito! Vou para a academia desde os 16 anos (com pausas gigantes, confesso) e, no começo, me sentia a pessoa mais inadequada do mundo naquele ambiente. Ficava olhando aquela mulherada toda fitness com a minha camiseta dos formandos da oitava série e pensando: “o que raios tô fazendo aqui?”. Morria de vergonha de pedir ajuda pro instrutor, de possivelmente cair da esteira ou de pedir para revezar algum aparelho. Mas aí passei a me blindar das comparações, lembrando que estava lá única e exclusivamente por mim, não pelos outros.
Olhando para trás, fico feliz que tenha superado tantas vergonhas bobas, que só me paralisavam! E vocês, se identificaram com alguma dessas? Ou têm outras? Dividam comigo nos comentários!
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37 comentários
Ainda tenho vergonha d ir pra academia… rs
Apesar que minha cara de pau supera minha vergonha sempre…rsrsrs
Depilação ainda me deixa intimidada….hahahahahahahahahaha
Já tive todas mas a da academia persiste haha
Quando adolescente lá pelos 12, 13 anos era bem timida, mas hoje só não puxo conversa quando vejo que a pessoa não ta afim de papo.
Eu tenho mania de puxar conversa com que nem conheço, se a pessoa gosta de conversar as vezes preciso me controlar.
Bate aqui geminiana!!! hahahaha Isso deve ser mal de gêmeos, só pode!!! Passei por todas e ainda passo! Mas, a gente vai vencendo aos poucos. Uma coisa que eu ainda tenho que aprender é: entrar em uma loja que nunca entrei, olhar e se gostei gostei e se não gostei tchau! Pois eu tenho vergonha de entrar em uma boutique (fast fashion que não tem vendedor no meu ombro não há problemas) e ter que encarar uma nova pessoa para me ajudar!
Eu tenho milhões de vergonha, tipo quando eu tropeço em alguém no metrô, tenho vontade de trocar de vagão. Quando chego na perfumaria ou farmácia e preciso perguntar um preço, tenho vergonha de dizer que não quero, já que a pessoa teve o trabalho de ver. hahaha. Na academia então NEM PENSAR, e lojas só vou sem vendedora, se vejo alguma vendedora na porta não entro na loja.
Horrível
Meninas achei que era a unica que tinha esse problema com lojas que tem vendedor! As vezes até gosto da roupa que tem na vitrine, mas fico pensando e se eu experimentar e não gostar?
Ou entrar só pra “xeretar”…
Raramente entro nesse tipo de loja!
Me sinto meio assim, Bárbara! Não é bem vergonha do vendedor em si, mas sinto que se eu não comprar nada depois de ficar pedindo coisas parece que estou incomodando, sabe? Cada bobeira que a gente põe na cabeça. rs
Já tive essa vergonha e ela só passou quando trabalhei no comércio! A verdade é que o trabalho da vendedora é justamente auxiliar o cliente – a compra é consequência! Não se preocupem com isso porque a rotatividade dentro de uma loja é grande e também depende da sorte de quem vende! Tem dias excelentes e tem dias péssimos (se uma pessoa não gostou mesmo daquilo que viu, não há lábia no mundo que convença!). 🙂
Thais, adoro os posts que você faz nesse estilo! Hoje acredito que esse tipo de conteúdo, além de mostrar o seu lado mais humano (não apenas diva!) nos ajuda a refletir e amadurecer. Acho que a beleza não é composta apenas de cosméticos e maquiagens – ser mais equilibrada e confiante também faz parte. Dito isso, me identifiquei com todas suas neuras: já superei algumas e estou no caminho para superar as demais!
Lindas palavras, Raquel 🙂
Lindas mesmo, Raquel. Obrigada por entender tão bem nossa proposta! <3
Já passei pelas mesmas coisas que você Thais!kkkkk A vergonha da academia ainda persiste,mas das outras melhorei muito,é muito bom vencer os medos e a vergonha,afinal a vida é uma só, para ter tantos grilos conosco,nosso corpo e com o que as pessoas estão pensando sobre nós.
Thaís, parece que fui eu que escrevi este texto. Eu tinha esses problemas e muitos outros por conta dá timidez. Tive que fazer terapia, e até isso foi meio escondido. Acontecia alguma coisa comigo, ficava com vergonha de contar em casa. Certa vez, qdo tinha entre 4 e 5 anos de idade, esqueci de fazer a tarefa de casa. Aí a professora me deixou de castigo na hora do intervalo. Só que eu fiquei com vontade de ir ao banheiro. Quando fui pedir a ela pra sair, ela nem me ouviu e já foi logo dizendo que estava de castigo. Nem tentei argumentar. Voltei pra cadeira e lá fiquei, até não aguentar mais e fazer xixi na farda. Qdo os coleguinhas voltaram do recreio, ela me fez levantar, na frente de todo dizendo assim: “essa é a mais nova Maria Mijona da sala”. Lembro dá sensação que tive até hoje, aos 35 anos. Eu fiquei tão mal que todos os dias, durante um mês, na hora de levantar pra ir pra escola, eu tinha febre. Minha mãe perguntava e eu não dizia o que eu tinha. Até que a pediatra sugeriu que me trocasse de colégio e a gente passou. Quando meu filho começou a apresentar os primeiros sinais de timidez, levei ao psicólogo, passei a ter muita conversa com ele, para o encorajar, pois só que é tímido sabe das dificuldades que temos pra enfrentar as coisas.
Nossa, uma pessoa dessa nunca poderia ser educadora…mto triste sua história…sinto mto por ter passado por isso 🙁
PECADO! 🙁 Essa história é muito triste mesmo. Também já fiz xixi na calça porque a professora do primário não queria me deixar ir ao banheiro no meio da aula – gente, pra quê isso, né? A Carol foi até legal em chamar esse ser do seu relato de educadora, hein!
Muito legal seu post, Thaís! São reflexões valiosas, e que graças a Deus, a maturidade nos trás.
na academia eu tinha vergonha de ir lá perguntar pro professor qual era a próxima coisa pra fazer… eu ficava esperando ele olhar e lembrar de mim. na primeira vez q eu fui eu tbm tinha uns 16 anos, e ele me deixou na esteira por 10 min aquecendo. aí deu os 10 min eu não via lá e fiquei andando, andando… qdo cansei de ficar lá, eu fui me esconder no banheiro 🙁
hahahahahaha, tadinha! Pior que eu já tive a mesmíssima vergonha – e na mesma idade!
Nossa Thais (quase xará)!!! me identifiquei com todas as suas vergonhas!!! kkkkkkkk cada bobeira que a gente tem né? amei a sinceridade…ah também me identifiquei demais com seu post de encanações com o corpo! sou triângulo invertido também…não é fácil no país das popozudas. kkkkk
envelhecer é bom, a gente se conhece melhor…e se ”acostuma a existir” (sou um ano mais velha que vc)! bjos
<3 <3 <3
Nossa Thais, não sei se é pelo signo em comum, mas me identifiquei mto com esse seu post! Apesar de ser uma geminiana nenhum pouco tímida, tenho umas vergonhas montrasss, principalmente de falar com estranhos e demonstrar interesse pelos homens (sou mto orgulhosa sim, mas isso em geral me ajuda a não quebrar a cara). Eu tenho mta facilidade pra fazer amizade com homens, mto mais que com mulheres inclusive, mas quando rola uma plaquera, sou péssima! 🙁 Pelo menos dos pontos que vc listou, o único que nunca senti vergonha foi da academia…aliás, apesar de não ter amigos na academia, é um lugares aonde me sinto melhor na vida e sempre saio de lá mto melhor do que entrei…simplesmente AMO! Ainda mais que a que frequento fica dentro de um shopping aqui em Curitiba! haha 🙂
Depilar para mim é a maior vergonhaaaaa!!!! Por isso que estou fazendo definitiva para diminuir esse suplício!!! kkkkkk
Academia é um pesadelo, ainda mais que estou super acima do peso…isso eu ainda tô resolvendo….
Adoro seus textos!!!
Bjsssss
E aquela vontade de passar batom vermelho ou escuro e depois ter vergonha de estar com a cara do Ronald McDonald’s e acabar tirando tudo kkkkkkkkk coisa besta… Mas acontece
Hahaha. Até parece que fui eu que escrevi esse texto. Com exceção do “ir para a academia”, o restante sempre foram coisas que me constrangeram também – é que eu não vou para academia, hahaha.
Com o amadurecimento e passar do tempo vamos melhorando esses itens, acaba sendo inevitável. Porém, alguns persistem em continuar assombrando nossas vidas de forma mais ativa.
Thaís, amei o post, algumas de suas vergonhas eu não tenho nenhuma, como pedir ajuda a estranhos na rua hehehe ou ficar pelada HAHAHAHA
Mas, o que eu mais amei ler foi sobre a “vergonha de falar com homens”. Simmmm, tenho muita vergonha, tô afim de um carinha e fico esperando me chamar no whatsapp (hahhahaa que idiota que eu sou), ler seu post me encorajou, vou lá dá um “oi” pra ele hahahhaa pq afinal o não eu já tenho, né non?! hahahahhaa Beijos!
<3
Me identifiquei com tipo, tudo, haha. Ainda estou trabalhando muitas coisas na minha vida, mas sou uma pessoa muito tímida mesmo, aí complica mais ainda. Quem dera eu tivesse esse seu jeitinho de levar a vida, seria mais feliz, com certeza!
Thais, parece que fui eu que escrevi esse post, principalmente a parte sobre falar com os outros! Hoje em dia sou super desinibida! Veio com a maturidade de saber que ninguém vai pensar mal de mim se eu puxar papo, conversar, mas mudar de cidade ajudou muito também. Outra vergonha absurda que eu tinha: COMER! Nos primeiros encontros com os boyzinhos eu nunca comia, acredita?
hahahahaha, pior que eu também tinha essa! Uma época me encanava com o barulho da mastigação, veja só!
hahaha, todo mundo é encanado com alguma coisa! Eu sempre fui extremamente tímida, a ponto de não conseguir dizer não pras pessoas pra não magoa-las, não conseguir comer sozinha na rua por vergonha e outras “n” neuroses. Hoje com 30 anos já amadureci o suficiente pra ser mais cara de pau. =)
Tenho tanta vergonha de ficar nua, por causa do meu corpo. Daí que resolvi ter uma experiência bem diferente na minha vida em relação a isso..fui numa praia de nudismo.
Resultado? Uma das melhores experiências da minha vida.
Recomendo muito!!!!
Menina, que curioso você comentar isso, porque eu já fui também! hahahahaha Tomar banho de mar ao natural é libertador!
Eu morro de vergonha de conversar com estranhos e de ficar de biquini em piscina…..aff!
Pedir ajuda e falar com estranhos é bem difícil… falar com homens também, hahahah eu tento melhorar e quando acabo falando com as pessoas dá tudo certo, o que me encoraja a seguir adiante, mas tem dias que tudo meio que trava rs
Thai como você consegue descrever tanto de nós nos seus posts rs?
Essas encanações que a gente tem são até engraçadas porque chega um ponto que você percebe que é besteira né? rs
Eu tenho umas também(afinal quem não tem) mas hoje em dia já consigo lidar melhor.
Morria de vergonha de ficar nua na frente de um cara por ser gordinha e tudo mais, mas depois que ouvi muitos elogios do falecido e ele me incentivar a não ter vergonha eu desencanei totalmente.
Acho muito bom quando aborda esses temas porque ajuda muita gente.
Beijão Thai
Ainda posso todas as vergonhas citadas, entre outras.
Thaís, me identifiquei com várias!rs…sou desinibida, mas algumas coisas ainda me dão muita vergonha!!