Já perdi as contas de quantas vezes tive que me desculpar pelas unhas sem fazer, pela depilação que não estava em dia, pela cara lavada. Mas não era um sonoro “desculpe” (que, pensando bem, soa até meio ridículo): algumas justificativas que botava em meio à conversa só para parecer que estava ciente, que me importava, que estava nos planos fazer mas não deu.
Como fui boba me obrigando a ir no salão ou a me maquiar só porque me preocupava com o que os outros iam pensar. Horas perdidas para algo que era pra mim, mas na verdade não era. Estava lá, enredada em afazeres femininos em tempos de grana curta ou pura falta de vontade só porque imaginava que não era daquele jeito que a sociedade me esperava.
Afinal, estava me arrumando para quem? Para as clientes impecáveis da reunião de trabalho, para o cara que só me via como mais uma, para as conhecidas da mesa de bar? Acho que era pra todo mundo, menos para mim. E que paulada foi perceber isso a tempo e me libertar de toda essa besteira.
Comecei a ter alguns insights sobre o assunto no ano passado, quando escrevi o post “A mais desarrumada da balada“. Mas acho que foi lá em Dublin, sem nenhum centro de beleza acessível por perto e querendo aproveitar cada minutinho da viagem, que eu realmente me desapeguei.
Me maquiei pouco por lá, não fiz as unhas, os pelos cresceram naturalmente. E eu estava me sentindo maravilhosa, desobrigada, feliz. Talvez a cultura europeia, onde cada um pode ser o que quiser e não existem julgamentos, tenha me ajudado. Mas por que não começar a mudar aqui a linha de pensamento? Foi assim que trouxe isso em definitivo na minha bagagem de volta.
Não quero ter que ser assim ou assado para agradar ninguém além de mim mesma. Ninguém tem o direito de exigir – em pensamentos ou até ações – uma imagem minha perfeita ou mais palatável. O jeito como me apresento para o mundo é somente meu. Depende do meu estado de espírito, e nada mais.
Por isso tudo, além de olhar pra gente mesma com mais leveza, precisamos olhar dessa maneira pra coleguinha da mesa ao lado, para nossas amigas, pras estranhas na rua. Ninguém é desleixada por não estar com a manicure em dia – do mesmo jeito que ninguém é vaidosa demais por passar batom vermelho pra ir na padaria às sete da manhã. São apenas expressões pessoais – e não temos nada a ver com elas, não é verdade? <3
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37 comentários
Ando pensando MUITO nisso…Até uns 6, 5 anos atrás, eu achava que tinha que viver no salão. Uma pontinha de pêlos aparecendo na minha axila e eu já adotava blusas com manga até a próximo visita á depiladora. Fazia as unhas, em 3 dias elas estavam horrendas e eu já morria de agonia até o fim de semana, quando chamaria a manicure. Também comprava muitas roupas, calçados, maquiagens, tudo que estava na moda, os famosos “tem que ter”. Acabei me endividando. Fiquei em uma situação bem feia mesmo, tipo faltar dinheiro pra conta de luz, e, junto com outros problemas, isso me levou á ter transtorno de ansiedade generalizada e piorou a minha já existente depressão.
Hoje fui pro oposto: raramente faço as unhas (uma vez por ano, ultimamente), saio sem maquiagem, ainda que minha pele não esteja lá essas coisas, compro só o que gosto, sei que vou usar e é confortável, saio de regata com pelinhos nascendo, quase não vou ao salão…Ficar doente me fez valorizar outras coisas. Ainda me pergunto se isso é maturidade ou só mais um sintoma da minha crescente depressão, mas, tenho certeza, ainda que voltasse á ver sentido na vida, jamais voltaria á ser daquele jeito. Só faria essas coisas, só iria me arrumar, pra mim, quando sentisse vontade, nunca mais como obrigação.
Fran, querida, o equilíbrio é uma coisa tão pessoal – está dentro de você. Olhe com amor para si e o resto se ajeita. No mais, fico feliz que tenha parado para pensar em como essa pressão toda estava afetando seu psicológico. Te desejo uma bela caminhada! <3
Eu sou do tipo só vou no salão para modelar as sobrancelhas e olhe lá porque as vezes fica uó por crescer rápido, as unhas antes até me importava mais, só que de alguns ano pra cá deixo curta e pronto. Já minhas pernas como são eu que depilo eu demoro pra depilar no máximo uma vez por mês. Já maquiagem eu uso só no caso de uma festa um casório ou formatura, ultimamente só uso batom porque nesse calor impossivel usar maquiagem odeio.
Não tenho o corpo “ideal” (e nem me esforço pra ter). Frequento acadêmia, mas faço apenas aeróbico (sou a “esquisita”) apenas com o objetivo de voltar a entrar em roupas mofadas e ocupando espaço no armário. Não sou “fit”, não como frango, arroz integral, tapioca e 10 claras de ovo por dia. Não tomo suco verde ou detox. Continuo comendo lanches, porcarias e muito carboidrato (sangue italiano).
Não tenho roupa da moda. Não tenho vestidinhos colados. Minhas blusas são largas. Não sei me equilibrar em saltões. Opto sempre pelo conforto.
Odeio calor mas também odeio passar frio. Sempre sou aquela que carrega blusa de frio e nunca usa.
Não sei me maquiar. Quem que inventou essa porcaria de contorno do rosto? Conheci o rímel outro dia e agora querem que eu tenha 216464 tons de corretivo e 167434 pincéis pra fazer um tal de contorno? Não sei fazer delineado gatinho. Não tenho paciência pra passar batom escuro. Minha maquiagem derrete antes de sair de casa. O cabelo não dura um quarteirão. Se você passar uma tarde comigo no calor de 35 graus, vai me ver suando em bicas. Na fila do açaí, você me verá de calça jeans, camiseta, cabelo preso e cara limpa.
Luzes no cabelo tem que ser retocadas a cada 3 meses. Retoco uma vez por ano (no final do ano com o décimo terceiro) e esse ano não irei fazer pois estou juntando dinheiro pra viajar.
Não saio todo final de semana (está cada vez mais raro) e estou parando de beber.
Não sigo tendências. Uso, faço e vou onde me sinto confortável.
Vejo meninas de 20 anos trocarem todos os dias a foto do perfil, onde sempre mostra o decote e a cintura fininha. É uma competição?
Em suma: Não esperem que eu seja padrão! Sou a tiazona com apenas base no rosto, roupas largas e barriga positiva.
Texto meu sobre esse mesmo raciocínio. Bjusss!
Excelente seu ponto de vista, Mariana! 🙂
o texto é ótimo e estou super de acordo; só acho que talvez “onde cada um pode ser o que quiser e não existem julgamentos” seja um pouco exagerado.
certamente a cobrança em relação a isso é menor que no Brasil, mas para nós, que vemos de fora, a percepção é outra, como se as coisas fossem quase perfeitas. a verdade é que sempre há uma cobrança tosca no que diz com padrões, especialmente direcionada às mulheres. : (
Sim, também acho. E, cara, o padrão é tão doido, que há padrões dentro do padrão. Por exemplo, usar maquiagem. Se você usa, benza deus, vai precisar de: hidrante, protetor solar, primer, base, pó, corretivo, outro pó para o corretivo, lápis para boca, lápis da sobrancelha, lápis para o olho, primer para os olhos, sombra 1, sombra 2, taca preto aí nesse canto externo, faz um delineado preto, põem cílios, passa máscara, assenta tudo com água termal, não esquece de fazer contorno, com pó mais escuro, blus e iluminador!!!!
Cara, que preguiça… Tenho maquiagem, mas já saí com olho feito, sem base ou batom, ou passo só aquele batom vermelho e nada de pele ou olhos. E vou trabalhar sem make, para balada sem make, gente os 34 são libertadores! Essa porra era para ser divertida, não uma prisão de 300 produtos e ‘técnicas obrigatórias’, que só servem, e olhe lá, para uma foto no instagram.
Por que não somos descoladas com isso desde os 15? Essa exigência por perfeição faz de muitas mulheres escravas de exigências que ninguém oficial faz, mas estão aí na nossa porta todos os dias. Tem que ligar o foda-se o quanto antes.
Marcia, ‘tou com 31 e na mesma PEGADA.
na nossa ~juventude era tenso, nem internet p’ra tentar dar uma desconstruída… eu tinha esperança que as meninas mais novas começassem a se libertar mais cedo, mas não sei, tenho uma irmã de 17 anos e ainda a vejo, assim como as amigas, tão presa a esses códigos.
na luta (e na esperança) seguimos.
Tatiana, você tem razão. Acho que exagerei mesmo dizendo que ninguém liga pra nada na gringa. Sempre haverá padrões, mesmo que em menor escala, né? Nosso trabalho aqui é incitar a reflexão e desconstruir! Estamos juntas, meninas! <3
Adorei o texto, Thais. Acho que é uma boa reflexão para todas nós.
Me separei depois dos 30 anos e percebi que os olhares de julgamento vieram, em sua maioria, das mulheres que me rodeavam. Mãe e tias me trataram como a perdedora, “ela deve ter sido traída”, quando na verdade era apenas um casamento infeliz que se desfez.
Com o tempo a gente aprende a ficar perto que quem nos quer bem, independente de unha feita ou roupa da moda.
Bjus!
Laura, todo meu amor para você! <3
Ótimo texto! Graças à internet, com tantas informações, questionamentos e reflexões como esta, eu, aos 20 e poucos, já tenho consciência de que ser dona de mim mesma é fazer as coisas para eu me sentir bem. Quando quero, faço as unhas eu mesma porque adoro namorá-las a semana inteira, mas na maioria das vezes fico com preguiça e priorizo outras atividades que vão me deixar mais feliz (que seja ver netflix). O mesmo acontece quando o assunto é depilação, máscaras faciais, sobrancelhas, etc. Há um ano estou com cabelo “joãzinho” e, se antes ia no salão duas vezes ao ano, agora vou todo mês porque gosto, e me sinto linda a cada corte. Me sinto bem assim, sem obrigações de ter que escolher somente um lado: “preguiçosa” ou “vaidosa”. E adoro essa liberdade de não priorizar a opinião alheia!
Xará linda! Que orgulho saber disso! Que se espalhe pelas próximas gerações também! <3
É libertador mesmo quando a gente entende que qualquer ação em
prol da beleza só é boa quando é pra gente se sentir bem consigo mesma.
Eu me arrumo para mim mesma e sou muito feliz assim, sem paranoias e neuroses, as vezes vou ao mercado de cara lavada e as vezes vou com a maquiagem completa, depende do dia, do meu humor, e por aí vai! 😉
Que legal ler isso em um blog de beleza!
Duas coisas me fizeram iniciar uma reflexão como essa: numa busca sobre esmaltes, uma blogueira começa o texto assim “como diz minha mãe, mulher tem que ser bonita até fazendo cocô”. Ali me dei conta que não sou um enfeite e posso, ou não, estar fora dos padrões e não aceitar ser considerada incompetente, preguiçosa etc. por isso. Outra foi um comercial de produto p/ depilação “não deixe suas pernas escolheres suas roupas”. Ah, é? Não deixo mesmo! Até reservava uma calça levinha para usar no verão para os dias em que estava com pernas masculinas (tenho MUITO pelo, escurérrimo, e pele palmito), mas depois desse comercial, uso o que quero mesmo cabeluda.
Converso muito com minhas filhas sobre isso, para não irem com a manada, que é tudo cultura (que muda sempre), que tem beleza em todas as formas, que não podemos jamais julgar as pessoas, geralmente as mulheres, pela aparência.
Que legal o seu comentário, isso sim! Por mais mães com esse pensamento que você tem! Parabéns! <3
OLHA APÓS LER ESTE POST PERCEBO QUE UMA VIDA INTEIRA CUIDEI DE MIM, PENSANDO EM MIM. DEFINITIVAMENTE FOI SEMPRE ASSIM. CERTAMENTE PORQUE NA MINHA EPOCA DE 20 E POUCOS ANOS A GENTE NAO ERA TÃO ESCRAVA DA MIDIA. HOJE ESTA MEIO DEMAIS PARA O MEU GOSTO. HOJE COM 44 ANOS (MAIS MADURA) NÃO ESTOU PREOCUPADA COM QUE AS OUTRAS PESSOAS VÃO FALAR. GOSTO DE ESTAR BEM PARA ME SENTIR BEM. ASSIM ISSO E PASSADO NATURALMENTE PARA AS PESSOAS. ESPERO QUE AS MENINAS MAIS NOVAS NAO FIQUEM NESSA NOIA DE QUERER ESTAR BEM PARA AGRADAR OS OUTROS E PRINCIPALMENTE PARA DISPUTAR COM AS OUTRAS QUEM E MAIS CURTIDA NO FACE. LEMBRE-SE QUE VOCE TEM MUITO MAIS A OFERECER DO QUE ISSO.
Boa, Deolanda! 🙂
Venho cada vez mais questionando isso e percebendo como as vezes faço as coisas porque me incomodo com o incômodo alheio. Eu sei que realmente gosto de manter as unhas bonitas e compridas (mas isso não significa que elas estejam sempre pintadas pq as vezes simplesmente não tenho saco pra isso), as unhas dos pés então, piorou. Só deixo arrumadinhas, mas com esmalte mesmo, agora é raro. E não me incomodo com isso, apesar de ouvir alguns comentários de reprovação as vezes. Minha maior luta no momento é a acne e suas marcas. Eu sempre tive uma pele ótima, muito boa mesmo, mas por conta de um remédio que tomei estou lidando com acne desde Novembro do ano passado. Isso quer dizer que minha testa e meu queixo estão cheios de marcas das espinhas que tive nesse tempo, e isso por si só já me incomoda e afeta minha auto estima, mas me tornar escrava do corretivo todos os dias para vir trabalhar me incomoda ainda mais, então simplesmente venho de cara limpa. Na maior parte do tempo consigo até esquecer disso e me focar em ter paciência porque sei que vai passar, já está passando, mas eu fico cada vez mais chocada em como as pessoas julgam. Na época que minha pele estava no auge de ruim, eu não podia sair na rua sem maquiagem que as pessoas me encaravam, sem a mínima tentativa de esconder o horror delas, como se eu estivesse cometendo um crime por mostrar algo que obviamente eu não queria ter no meu rosto. Por sorte pelo menos o meu emocional melhorou o suficiente pra que isso me afete menos, mas nos dias ruins houveram choros, muitos choros. Espero muito conseguir cada vez mais me desprender desses padrões impostos pela sociedade e que não, eu não escolhi.
A jornada não é fácil mesmo, Tatiana, mas tenho fé que, mesmo a passos de formiga, as coisas melhorem por aí. <3
Concordo que tudo em exagero é maléfico, mas discordo totalmente que a pessoa não possa ter vaidade e se sentir bem em grupo, é preciso cuidar da mente mas do corpo também, seja com unhas feitas ou passando um perfume, agora não se arrumar, ficar enorme de gorda e desleixada com tao pouca idade, sem familia família sem filhos ai não da né
Dá sim. É só entender que cada um cuida da sua vida e, principalmente, do seu corpo do jeito que lhe convém é que isso não é da conta de ninguém.
PRODUÇÃO, OCLINHOS PRA LUCIANA <3
Muito bom o texto penso isso mesmo temos que nos arrumar para nós mesmas, as pessoas não devem ser criticadas porque gostam de usar maquiagem ou não. Temos de ser livres para sermos quem queremos ser!
A sociedade é muito cruel com as mulheres. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmas para agradarmos as outras pessoas. Temos que nos libertar das cobranças alheias.
Eu sou mãe, esposa, trabalho fora, cuido da casa e nem por isso fico desarrumada. Isto não quer dizer que vivo no salão, mas dou prioridade pro meu filho e depois cuido de mim. Não me culpo pois tenho que aproveitar os momentos com ele que ainda é um bebê.
O seu ponto de equilíbrio é o que mais importa, sempre! <3 E parabéns pelo seu baby! 🙂
Boa tarde, tudo bem com vocês? Espero que sim! Acabei de descobrir este lugar (mágico, confesso) por recomendação de alguma página que sigo pelo Facebook, passei por várias matérias e resenhas, adorei o modo como escrevem, são claras, sinceras e despretensiosas. No entanto, até chegar a este post no qual estou comentando, imaginei que seria um blog/site com conteúdo de moda e comportamento, aqueles que fazem sucesso hoje em dia por mostrar uma bebida inalcançável. Me surpreendeu, porque as meas mortais são assim, ou deveriam ser, desleixadas ou arrumadas, no nível e circunstância que quiser. Recentemente, apresentei meu TCC (Publicidade e Propaganda, caso queiram me contratar hahahaha), estava com uma roupa que adoro por ser confortável e sem maquiagem, nem sequer uma base, de um jeito que me sentia segura e feliz. Chegando no anfiteatro onde seria a apresentação me questionaram se eu não apresentaria o meu trabalho, logo perguntei se havia ocorrido algum problema e isso tivesse impossibilitado que a apresentação acontecesse. A resposta que tive foi,”não houve nada, mas você está sem maquiagem” e no momento fiquei meio “what?”. Lendo os comentários daqui, percebo que este tipo de coisa não acontece só comigo.
Seja muito bem-vinda! <3 E que situação mais chata essa pela qual passou... Espero que a reflexão que propomos aqui atinja cada vez mais pessoas para que isso não aconteça mais. Sinta-se abraçada por nós!
Thai tu sabe que eu simplesmente AMO esses seus posts.
Eu tenho verdadeiro ódio desse negócio de ter que se arrumar, se vestir para os outros.
E EU BATO O PÉ!
Dia desses eu ia em um boteco(sabe aqueles bares que não tem nem onde sentar e só vamos pela cerveja gelada?!), tava uma super chuva e coloquei um shorts jeans básico e uma blusinha normal e fui.Minha irmã e minha mãe começaram a brigar comigo na frente de meu amigo dizendo que eu tinha que me arrumar mais que tava feia,que lá a mulherada se arruma mais e blá blá blá.BATI O PÉ LEGAL!Gritei fiz escândalo e falei: EU VOU DO JEITO QUE EU QUISER!
Cheguei lá tava uma baita chuva, a mulherada tava tudo como eu e a maioria todas ensopadas.
Antes me importava mais com isso agora minha preocupação é se estou me sentindo bem comigo mesma e a opinião dos outros que seja problema deles.
Temos que fazer isso e acabar com essa coisa de se vestir pros outros!
Beijos,
Karen de Souza
Isso, aí, Karen! <3
Gente, o ritual de uma maquiagem bem feita, o tempo gasto pra ter unhas bonitas e escolher qual roupa combina com o que também pode ser muito legal! Eu gosto… mas muitas vezes opto pelo simples e libertador da cara limpa e das roupas confortáveis, pq não? Só não dá pra fazer dos rituais e das compras uma escravidão nem um endividamento desnecessário ou deixar que aquele relax total vire um ‘nem me olho no espelho, pq não ta bom’. Equilíbrio e bom senso acho que pra tudo na vida… sei lá, penso assim… bjs meninas lindas do CDD
Equilíbrio e respeito a si são fundamentais mesmo! <3
[…] ? Você se arruma para quem, afinal? […]
Belíssimo texto… me fez parar e refletir demais!!!
A pressão da sociedade é muito grande, é difícil conseguirmos nos separar do que fomos ensinadas… quem disse que maquiagem é mais bonito que cara limpa ou que salto alto é mais elegante que chinelos ou que pelos são nojentos e anti-higiênicos? Desde cedo a gente aprende esses valores (principalmente nós, mulheres) e fica muito difícil não segui-los ou separar o que a gente gosta de verdade e o que fomos ensinadas a gostar. Ainda tenho muito caminho pela frente em termos de obrigações estéticas, mas vejo o questionamento como um passo importante, tanto para nós, quanto para as novas gerações.
Com certeza, Julia! 🙂