Dica de livro: Romance Moderno, Aziz Ansari

Faz um tempinho que eu queria escrever um post por aqui sobre o livro Romance Moderno, do Aziz Ansari, mas sempre ia adiando ou deixando para lá. Até que ontem dei de cara com esse texto aqui, achei que tinha tudo a ver e fiquei com vontade de finalmente falar sobre o livro por aqui. 

Esse aí é o Aziz

Para quem não conhece o Aziz Ansari, ele é um ator e comediante norte-americano que ficou conhecido pela série Parks and Recreation (para quem não conhece, recomendo muito! É minha comédia favorita de todos os tempos – tirando Friends, claro – mas por alguma razão que eu desconheço, nunca consigo convencer ninguém a assistir) e depois por Master of None, uma série da Netflix que é um misto de drama e comédia. 

E contei todo o ~currículo~ dele justamente porque Master of None tem tudo a ver com o tema desse post, o livro Romance Moderno. A série mostra a vida do Dev, um ator de 30 anos que precisa lidar com os “problemas” dessa vida moderna, coisas que parecem simples como escolher onde comer, conciliar agendas com amigos, se relacionar com os pais, pensar em que mensagem enviar para alguém em quem se está interessado… Pequenas coisas que vão se juntando e que se transformam em problemas reais porque nos mostram como nossa incapacidade de nos relacionarmos e nos comunicarmos uns com os outros faz da gente mais solitários. 

E aí vira aquela bola de neve. Se você tem mais ou menos 30 anos, como eu, e é solteira, provavelmente você sabe do que eu estou falando: você se culpa porque não conhece ninguém interessante ou porque não acha ninguém interessante, mas aí deve se sujeitar a se relacionar com qualquer pessoa só para não ficar sozinha?

Já viu meu post sobre o Kindle aqui no blog?

É basicamente sobre isso aí que fala o livro – o Aziz Ansari, em parceria com um pesquisador, fez uma série de estudos e experimentos para entender melhor os relacionamentos modernos (por que hoje temos mil possibilidades, vários tipos de aplicativos para conhecer gente e continuamos sempre sozinhos ou trocando uma pessoa pela outra o tempo todo?) e porque sentimos que as coisas estão sempre dando errado. Tudo isso escrito de forma divertida, leve e super bem embasada – não é nenhum ‘achismo’ dele e ao mesmo tempo você sente que está assistindo mais um episódio de Master of None (só que em forma de livro).

“Queremos, desde o pontapé inicial, paixão, ardor. No passado, as pessoas não estavam atrás de ebulição; só queriam um pouco de água. Uma vez que encontravam e se comprometiam pela vida toda, faziam o melhor para esquentar a coisa. Hoje, se a água já não estiver fervendo, assumir um compromisso parece prematuro.

Procurar a alma gêmea toma um tempão e exige um investimento emocional enorme. Antigamente “dá para o gasto” já estava de bom tamanho. Mas, hoje, essa procura pela “pessoa ideal” pode provocar muito estresse. As gerações mais jovem encaram uma pressão imensa para achar algo que não existia antes”.

Para quem se identificou com o que eu disse aí: LEIA! É um livro muito legal e que vai tirar de você aquela sensação de que a culpa é sempre sua – e depois me agradeça pelo sentimento de ‘tirar o piano das costas’ (hahaha).

Ps.: Para quem quiser ler outro trechinho, a piauí publicou há alguns meses, tá aqui.