Filmes Reflexão

Como ser solteira – uma reflexão

21/01/2017

Esses dias, tava afim de ver um daqueles filmes bem bobinhos só para passar o tempo e acabei escolhendo randomicamente, no NET Now, “Como Ser Solteira” (tem de graça para quem assina o pacote da HBO, fica a dica). A história, de acordo com a descrição, é a seguinte:

Alice (Dakota Johnson) acabou de sair de um relacionamento e não sabe muito bem como agir sem outra metade. Para sua sorte, ela tem uma animada amiga (Rebel Wilson) especialista na vida noturna de Nova York, que passa a ensiná-la como ser solteira.

Aproveito para colocar aqui embaixo o trailer do filme para vocês assistirem, caso não conheçam:

Para falar bem a verdade, dei poucas risadas durante o longa (muito menos com a Rebel Wilson, que considero – DESCULPEM, FÃS – bem sem-graça). A atuação da Dakota Johnson também não é lá essas coisas. Aliás, a amizade das duas não é, assim, muito convincente (tá, parei de reclamar). Enfim, segurei firme e vi até o fim. E, querem saber? O desfecho da história passa uma mensagem muito boa, sobre a qual vim refletir aqui hoje (ATENÇÃO, CONTÉM SPOILERS).

Quem não assistiu a “Como Ser Solteira” ainda vai prometer pra mim que vai ver e depois voltar aqui pra ler o restante desse post, tá bem?

“Como Ser Solteira” – a reflexão

como ser solteira

Basicamente, depois de muitas idas e vindas com diferentes caras, Alice termina sozinha – por pura opção. Ela percebe que, tal qual sua amiga Robin esfrega nada delicadamente na cara dela, não é capaz de estar num relacionamento sem anular suas próprias vontades. A personagem vê que, antes de qualquer coisa, precisa se conhecer melhor e entender seu lugar no mundo – só assim conseguiria entrar de maneira saudável numa relação, sem formar aquela massa amorfa com o amado.

Cara, eu acho isso absolutamente sensacional, porque sou uma Alice também (ou era?). Como já disse antes, passei por dois namoros sérios e em ambos eu simplesmente esqueci quem era. Mesmo que o outro não me exigisse, eram sempre os programas dele, os amigos dele, os hobbies dele. Não tinha mais nenhum momento meu, era tudo pelo cara. Tudinho. Que c*g*d*, né?

Foi preciso “errar” duas vezes para aprender a lição. Estou solteira há uns dois anos, mais ou menos, e a jornada não é fácil – quem disse que seria, aliás? Vivo num mundo de altos e baixos – tem hora que dou GRAZADEUS por não ter que me reportar sobre nada a absolutamente ninguém e poder estar sempre conhecendo gente nova, mas tem hora que deito em posição fetal pensando que vou morrer velha e sozinha comida por pastores alemães (obrigada, Bridget Jones).

Vejam bem, qualquer escolha na vida tem seus ônus e seus bônus. A vida de solteira não é aquela maravilha dos episódios mais bafônicos do Sex And The City não, assim como a vida de namorada/casada/juntada também não é a história da Cinderella. Estive dos dois lados e acho que muitas de vocês também, então a gente simplesmente sabe.

Mas o que é mais importante, solteira ou em algum relacionamento, é que a gente não esqueça de se conhecer melhor. Sim, porque isso precisa independer do status amoroso atual. Pessoas completas, como já comentei antes (acho), fazem qualquer tipo de relacionamento melhor – seja consigo mesmas ou com o mundo. E isso vale tanto para a gente quanto para o outro, sabem?

Então, não, não é preciso estar solteira para tudo isso, como talvez o filme sugira. É uma coisa entre mim e meu íntimo, mas que pode influenciar no resto (estando num relacionamento ou não). E, sério, como é importante que a gente pare para pensar nessas coisas. “Como Ser Solteira” veio como mais um lembrete para que a gente não se deixe perder. <3

Gostaram desse tipo post com crítica/reflexão sobre filmes? Me contem nos comentários!

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43 comentários

  • responder Ma 21/01/2017 às 14:36

    A única coisa q eu gostei mesmo nesse filme, foi a geringonça pra abrir o vestido!!!

  • responder Gabriela 21/01/2017 às 15:37

    Thais,
    achei o filme bem mais ou menos também! Mas, entretanto, todavia… a mensagem foi tão maravilhosa que no final gostei!
    Quando assisti estava querendo alguma coisa água com açúcar e me deparei com uma baita lição para a vida! Acho válido esse tipo de filme e espero ver mais nesse estilo, porém com melhor qualidade. Afinal, a vida não é nenhum conto de fadas com um príncipe encantado no final!
    Adorei o post!
    Beijos!

  • responder Grazieli 21/01/2017 às 15:42

    Também achei o filme bem chatinho. Achei que fosse rir o tempo todo, que seria super legal, só que não…. Porém também achei linda a msg no final do filme. As vezes é melhor ficar sozinha do que “mal” acompanhada.

  • responder Erika 21/01/2017 às 17:57

    Eu não assisti o filme, mas até fiquei curiosa para assistir.
    Já pensou em escrever um livro sobre vários temas de reflexões? Eu com certeza comprario.

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:18

      JURA??? NUM FALA ASSIM QUE EU TENHO 5 TIPOS DE AVC DE AMOR AQUI <3

  • responder Camilla Barros 21/01/2017 às 18:17

    Amei! E não, não assisti o filme, mas li a reflexão e achei super pertinente!! Eu TB ando passando por esse momento de descoberta sobre mim mesma e é um caminho cheio de altos e baixos! Mesmos pensamentos que vc tem..hahahhahaha vou morrer sozinha, vou ficar pra titia (literalmente, pq já sou tia!). Mas é bem como vc falou, todos os caminhos tem seus ônus e bônus..Pelo menos imagino que num dia que entrar num relacionamento, sera mais “fácil” feliz pois saberei exatamente o que eu quero e quem eu sou!

  • responder Bianca 21/01/2017 às 18:33

    Adorei o post, adorei a reflexão. Gosto cada vez mais do blog por coisas como essas. Acho fantástico o jeito como vcs misturam viagens, resenhas sobre make e posts mais reflexivos. Tudo de um modo simples, sem aquele glamour babaca de certas blogueiras afetadas. E sempre há, nessas reflexões, um elogio sutil a independência que todas nós merecemos. Abraço!

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:19

      Bianca, MUITO obrigada pelas palavras tão generosas e de carinho! <3

  • responder Estela 21/01/2017 às 20:06

    Perfeito: solteira ou comprometida, as duas situações são desafios e tem o ônus e o.bônus. Tenho uma relação bem de boas e ainda assim tenho dificuldade de me importo. E a maioria dos relacionamentos que vejo por aí não considero saudáveis: muita anulação e possessividade( coisa de brasileiro/latino, aliás. Não é assim em todos os lugares). Não vejo como isso possa funcionar, mas incrivelmente funciona para muita gente

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:20

      Nossa, esse lance do latino passional é SUPER verdade, né? Mas precisamos aprender a modular!

  • responder Gabi 21/01/2017 às 20:25

    Sem dúvida,meu blog favorito.
    Adoro vcs meninas.

  • responder Márcia Daniella 21/01/2017 às 22:54

    Muitoooo bacana o post. Estive solteira um bom tempo antes de ficar com meu marido. Na época, sentia algo como se fosse obrigação encontrar alguém pra não ficar sozinha. Quando desencanei dessa neura, esbarrei nele e iniciamos um relacionamento. Mas eu já era uma pessoa mais leve, menos complexada com a ideia de ter alguém. Tanto que quem insistiu pra casar como manda o figurino foi ele, rs, rs.

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:26

      Que amor! Viu só, aquela máxima de quando a gente menos espera acontece é super real!

  • responder Cil 22/01/2017 às 12:34

    Ser solteira muitas vezes é mesmo uma opção. Opção dos homens que você conhece que acham que você não é interessante (ou atualmente, a opção pelo amigo bonitão… kkkk). Acho só que, em ambos os casos, a gente tem que estar pronta e não se anular. É preciso admitir que uma situação ou outra pode simplesmente acontecer com você e procurar ser feliz, ter grandes amigos, viajar, ler. Enfim, fazer coisas que te façam melhor.

  • responder Renata Oliveira 22/01/2017 às 17:59

    Adorei a reflexão! Também não curti muito o filme, mas ele valeu a pena pelo lembrete! Ser nós mesmos é uma busca que nunca termina 😉

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:25

      E que jornada é essa, né? Mas sempre penso que o importante é estar no caminho! 🙂

  • responder Adriana 22/01/2017 às 22:25

    Não vi o filme, mas o assunto é ótimo pra conversar, haha! Quando está a solteira, abracei minha solidão loucamente pq eu morria de medo dela (precisava vencê-lá né?). Todos os meus planos já eram pra vida sem um companheiro, bebi vinho sozinha na sexta a noite e dormi aos prantos, trabalhei muito, conheci muitos amigos e descobri que, quando me relacionasse de novo, teria apenas problemas diferentes do que tinha naquele momento. E que pra me tirar daquele ponto que cheguei, teria de ser um cara muito muito bacana, pq de dor de cabeça já bastavam as minhas. Aí que eu acho que chegamos no melhor ponto: relacionamentos por parceria, não por medo da solidão ou dependência emocional. Falei demais, haha, mas quase sinto amizade por vcs do blog, meninas! Um beijo e tudo de bom!

  • responder Debora 22/01/2017 às 22:30

    Tb achei o filme bem mediano e as atuações ruins… mas a mensagem é certeira e seria o idealpara aprendermos desde crianças =) gostei bastante desse tipo de reflexão

    • responder Thais Marques 23/01/2017 às 12:23

      Nos cabe muito ajudar as novas gerações a entenderem melhor esse processo, né? <3

  • responder Thaís 23/01/2017 às 08:58

    Eu assisti esse filme semana passada e eu totalmente entendo. O filme achei q seria legal mas foi bem fraquinho, mas a reflexão final é um “tapa na cara da sociedade”. Todo mundo pensava q ela ia terminar num casalzinho bonitinho pq é o q a sociedade inteira pressiona pra q seja, mas ela mostra uma verdade mt diferente. E não q ela nunca mais vai querer ninguém, mas q ela precisa de si antes de outra pessoa. Eu sei bem como é isso. Tipo ontem q eu tava num almoço em família e uma parente minha perguntou pq eu não saia dali pra achar um namorado. Poxa vida, será q eu não posso preferir ter um almoço em família do q caçar um homem? Então só respirei, disse q não, q eu estava bem assim. Bom, boa sorte pra nós, e q cada solteira seja uma solteira feliz e com orgulho, pq é um tempo realmente necessário para nós…

  • responder Jéssica Fernanda Silva 23/01/2017 às 09:42

    Tbm achei o filme fraco, vi com meu namorado e a gente achou pelo trailer q ia ser mais comedia, no final ficou um filme meia boca com um final com uma boa mensagem para nós 😀

  • responder Michele Bdz 23/01/2017 às 11:01

    Eu não assisti porque umas amigas disseram q não valia a pena (nem o livro comprei) existe um livro no qual o filme é baseado…

    Acredito que é melhor estar solteira que mal acompanhada…

    Amei o post!

  • responder Viviane Mottin 23/01/2017 às 12:35

    Vi esse filme, apenas por pura coincidência do destino, no sábado, estava passando em algum dos canais da HBO.
    E é bem isso que vc comentou, estou morando com meu namorado à três anos, quando nos mudamos para SC (sou de Curitiba), e toda a minha família ficou aí. Tem dias que me sinto super mal e com saudades, e tem dias que me sinto muito bem, felizona por ter coragem de ter saído de baixo das asas dos meus pais.
    Nesse tempo aprendi a me conhecer melhor, passo um tempo considerável sozinha. Nem sempre é fácil, mas depois que passa a bad me sinto melhor comigo mesma.

  • responder Glaucia Camargo 23/01/2017 às 18:36

    Eu ameiiiii demais esse filme, me identifiquei super em vários momentos!

  • responder Miriã Andrade 25/01/2017 às 01:21

    Eu ainda não vi o filme, então pulei o spoiler final, hehe. Eu até gosto da Rebel Wilson, sou apaixonada pelos filmes “A escolha perfeita”, me divirto muito. Vou assistir esse e depois corro aqui de novo! 😉

  • responder Tereza Lacerda 25/01/2017 às 08:54

    Por coincidência assisti essa semana esse filme e também me surpreendi com a reflexão! Gostaria de ter pensado assim na minha época de solteira. Conheci meu marido com 23 anos, mas antes disso cheguei a ter medo de “morrer sozinha”. Hoje olho para trás e vejo como fui boba e como deixei de aproveitar tanta coisa. Espero passar uma mensagem diferente para minha filha, mostrar que ela precisa se sentir completa sozinha e não procurar a felicidade em ninguém além dela mesma… Bjo, Thais! Amo seus textos reflexivos!

  • responder Evelyn 25/01/2017 às 12:01

    Nossa, vi esse filme semana passada tb achando q seria um filme pra rir, do tipo besteirol, mas amei o desfecho. Realmente, tb ja fui bem alice nessa vida e não fui feliz. Toda vez q o relacionamento acabava era uma “reconstrução” porque já tinha até me esquecido quem eu era, do que gostava, quem eram meus amigos. ainda estou aprendendo na verdade a não me anular tanto em prol não só de um relacionamento mas tb na relação com amigas e familia por exemplo. Claro q podemos fazer um esforço pra agradar quem a gente ama mas, não da pra ficar o tempo todo fazendo concessões, abrindo mão o tempo todo do que a gente quer/gosta por alguém que talvez nem esteja tão “aí” por vc.

  • responder Julia Kubrusly 26/01/2017 às 13:31

    Não vi o filme (e sinceramente, não sei se vou ver rs), mas gostei que o post é muito mais reflexivo do que sobre o filme em si, então mesmo quem não viu, não sente falta nenhuma e super entende tudo. Eu namorei anos demais da minha vida e, embora o segundo namoro tenha sido bem saudável, eu sentia muita falta de ser só eu, sabe… não nós… sentia falta de não ter que negociar nada e fazer só o que eu tava afim. Claro que às vezes dá saudade de ter uma companhia e tals, mas são fases, né… atualmente eu gosto demais de estar solteira

  • responder Karen Raquel de Souza 28/01/2017 às 19:05

    Thai me definindo!
    Preciso assistir esse filme pra ontem!
    Não sei mas acho que chega uma época que a gente fica mesmo nessa de achar que ser solteira é a pior coisa do mundo…mas no fundo não ter alguém pra ficar no pé é a melhor coisa! rs
    Adorei o post sobre filmes,pode continuar.

  • responder Clarisse 28/02/2017 às 15:11

    Antes de tudo queria dizer que voce é um amor de pessoa. Passei por isso, tres anos solteira depois de dois relacionamentos quase destruidores. Mas dei uma parada para me conhecer e definitivamente ser eu mesma…é simplesmente libertador e sem dúvidas o melhor caminho. Hoje não estou solteira,mas meu relacionamento é maravilhoso, afinal de contas sou eu mesma e aprendi a me sentir feliz na minha prória companhia. Os dois lados podem ser bons, mas isso depende de nós!

  • responder Tania leão 25/03/2017 às 21:10

    Oi! Como vc esta?
    Eu optei por esse tipo de vida tem 1 ano, e por concidendência, em um sábado com pipoca e muito leite condensado, rs escolhi um filme “engraçadinho” no NOW. Rs
    Tudo tem prós e contras isso é fato mas, a reflexão do filme “procurei tanto me apaixonar que anulei o que queria” foi o marco dessa minha busca, mas o filme é excelente até pra quem ainda tem vendas no rosto.
    Eu sai com intuito de me achar mas, depois percebi que eu sempre estava aqui, na verdade só estava necessitando olhar e cuidar de quem realmente estava precisando dos meus cuidados, eu mesma.
    É engraçado ler o que estou escrevendo e não saber se estão entendendo ou se parece um comentário bem louco, rs, mas independente da escolha de quem escreveu os comentários, acredito que a única regra que deva prevalecer é “faça o que te faz bem, o que te faz feliz”.
    Bom saber que tem pessoas que vivem o que eu vivo, difícil encontrar, rs.
    Na verdade não estava procurando,rs só pesquisei o nome no Google pra recomendar e estou aqui digitando esse testamento. Rs
    Talvez não faça parte do roteiro ou intuito da matéria da pág. mas se alguém quiser trocar uma idéia, o novo e o espontâneo tb me agradam.

  • responder Heibel 04/12/2019 às 03:36

    Amei o filme, super leve e engraçado. Mas o que eu mais gostei foi a identificação q eu tenho com o final da personagem. Me encontrei quando fiquei sozinha, sempre que namoro me sinto dissolvida. Gosto de mim inteira, só minha. Me divirto com os boys, mas n tenho intenção de me dissolver de novo tão cedo.

  • responder VALÉRIA CRISTINA GALDEANO DE ANDRADE 13/01/2023 às 11:10

    Adorei o filme, mas eu sou mais Monica Martinelli, que opta pelo casamento… Os homens são de Marte, e é para lá que eu vou!! o enredo é parecido, só o final que é diferente, a conclusão….

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