Ufa, eu demoro mas juro que aos poucos pago minha dívida (também conhecida como ‘posts da minha viagem à Ásia’ haha)! E vou começar com a primeira parada da minha aventura, Bangcoc, capital da Tailândia – minha ideia inicial era fazer um post só sobre a Tailândia (já que voltei depois pro país, mas fiquei nas praias), mas o negócio começou a ficar longo e achei que seria melhor dividir em duas partes.
Para saber mais sobre meu roteiro certinho e mais algumas dicas gerais sobre a Ásia, aqui tem meu primeiro post sobre o assunto.
Viagem pela Ásia: Tailândia (Bangcoc!)
Chegando
A viagem até lá é longa, então tive que preparar minha paciência e seguir viagem, literalmente. Fui de Curitiba até São Paulo, depois de São Paulo até Adis Abeba, na Etiópia (esse vôo é de 12 horas) e depois de lá até Bangcoc (esse vôo é de oito horas). A companhia que eu usei foi a Ethiopian Airlines, que é uma companhia bem ok, não é ruim mas também não é maravilhosa – não tive problema algum e o único inconveniente é o aeroporto de Adis Abeba mesmo, que é bem precário e desorganizado. Como fiquei pouco tempo lá entre um voo e outro, foi ok, mas se tivesse que ficar muitas horas naquele aeroporto acho que teria sofrido um pouco.
Minhas impressões
Lembro até hoje da primeira vez que pisei na Ásia – estava em Istambul, cidade metade asiática e metade ocidental – e juro, fiquei ao mesmo tempo maravilhada e chocada (no bom sentido!) com as diferenças. Então esperava um sentimento parecido quando chegasse a Bangcoc e foi bem como eu imaginava.
Bangcoc é uma cidade imensa, vibrante, colorida, incrível. É claro que eu sabia que era uma cidade grande, mas juro que não imaginava que fosse tanto assim – tanto é que não conseguimos conhecer tudo que queríamos. Existem alguns lugares super famosos – tipo os mercados flutuantes, o mais famoso deles fica um pouco longe do centro – que acabaram ficando pra próxima. Mesmo assim acho que aproveitamos bem nossa estadia na cidade e recomendo pra todo mundo.
O que fazer
Templos, templos, templos! As construções são muito diferentes, são lindas e são parte essencial da cultura budista. Além disso, os principais são todos próximos uns aos outros, então vimos todos que gostaríamos de ver no mesmo dia. Foram eles: o Grand Palace e Wat Phra Kaew (Templo do Buda de Esmeralda), Wat Pho (Templo do Buda Reclinado – como indica o próprio nome, é o templo que tem aquele Buda gigantesco deitado) e Wat Arun (Templo do Amanhecer – esse templo é famosíssimo e um dos símbolos da cidade, mas infelizmente ele estava em reforma e só fomos até a frente dele, porque não dava nem pra ver a fachada nem pra entrar).
Ah, uma observação importante sobre os templos: você não pode entrar com short/saia curta nem com os ombros de fora (e Bangcoc é MUITO quente, a probabilidade de você estar turistando de calça é praticamente nula). Eu já sabia disso antes de ir, mas li em muitos blogs que não precisava se incomodar com isso porque você poderia emprestar um tecido na entrada dos templos pra amarrar na cintura ou por nas costas. Pois bem. Precisa se incomodar, sim. Eles realmente emprestam, mas alguns lugares são tão lotados que você teria que perder um tempão na fila pra pegar. Seja mais esperta que eu: leve um tecido leve pra amarrar por cima da roupa (eu acabava levando uma calça de tecido mais molinho pra por na hora, que mesmo assim era quente DEMAIS).
Além disso, passeamos muito pelas ruas da região de Erawan, que é muito legal, movimentadíssima e moderna – por lá tem o Santuário de Erawan, com a estátua da divindade hindu Brahma. Mas é também um ótimo lugar pra andar meio sem rumo e descobrir coisas interessantes. Tem um pouco de tudo, de shoppings modernos a feirinhas de rua cheias de coisas apetitosas.
Durante a noite, não dá para não conhecer a Khao San Road, rua mais famosa de Bangcoc – sabe aquela imagem clichê da Tailândia, com ambulantes vendendo insetos pra comer e outras coisas bizarras? É tudo lá. A rua é lotada de barraquinhas de comida de rua, restaurantes, bares, hotéis. É animada e divertida. E pra uma opção mais glamourosa, Bangcoc tem vários skybars, que ficam no topo de prédios super altos. Fomos no Vertigo Moon Bar e a vista é realmente maravilhosa.
Comida
Juro, uma das coisas que mais ouvia quando eu contava que ia pro sudeste asiático era: “nossa, você vai passar MUITO MAL, se prepare, leve muitos remédios”. Saí daqui esperando o apocalipse alimentício, achando que tudo ia ser super apimentado (adoro pimenta, mas do jeito que as pessoas falavam eu imaginava fumaça saindo das minhas orelhas) e pensando que ia ser triste perder dias de viagem doente.
Cheguei lá e: simplesmente adorei a comida, não passei mal, nem tudo é mega apimentado (o que tem pimenta em geral tem um aviso no cardápio). Se você vai pra Tailândia, vá sem medo e não acredite nos mais fatalistas, haha, vai dar tudo certo. Sou da opinião que comida é uma parte importante da cultura de um lugar e sempre quero provar as coisas típicas. Passo longe de Mc Donalds e não tenho grandes frescuras – sou aventureira e provo mesmo, até escorpião eu comi, haha (se alguém ficou curioso com o gosto, não é ruim, não, mas meio difícil de comer porque ele é meio ‘casquento’- é tipo mastigar um celofane crocante, você mastiga uns cinco minutos pra poder engolir hahaha).
Comi muito Pad Thai, o macarrão tailandês com legumes e às vezes frango, frutos do mar ou carne bovina; além de muitos frutos do mar. A única coisa chata pra mim é que na Ásia eles tomam muita sopa, que é uma coisa que eu detesto. Mas sempre consegui encontrar alguma opção legal dos cardápios. Ah, as únicas coisas que evitei fazer foram tomar água de torneira e comer ovo com gema mole (apesar de adorar).
Ah, se eu puder recomendar um restaurante específico, acho que seria o Thip Samai, que conhecido por ter “o melhor Pad Thai de Bangcoc” (o da foto ali em cima) – o restaurante é simples, mas a comida é boa, é barata, tem um suco de tangerina muito bom e você ainda vê eles fazendo os pratos meio que no meio da rua, haha. É diferente e o restaurante tá sempre lotadíssimo (o que pra mim é sempre bom sinal).
Transporte
O táxi em Bangcoc não é caro, pegamos algumas vezes e lembro que o preço foi bem tranquilo, mas lembre-se que a cidade é gigantesca e, dependendo de onde você quiser ir e do horário, você pode pagar mais por conta dos engarrafamentos (que são dignos de São Paulo, viu?).
Dá pra andar de Tuk Tuk também, haha!
Fora isso, a cidade tem várias opções de transporte público como metrô, skytrain e ônibus. Todos são bem seguros. Os dois primeiros são muito fáceis de usar, novos, limpos (e o melhor: te levam até o aeroporto rapidamente). Mas não cobrem a cidade toda. Os tickets você compra na entrada das estações mesmo, cada ponto tem o indicativo de quanto custa a passagem, é bem simples.
Já os ônibus são bem antigos e ~roots (quer ver um pouco da Bangcoc dos tailandeses mesmo, voltando do trabalho, indo à escola – e não só dos turistas indo e vindo do aeroporto? Pegue um ônibus!), e existem MUITOS. Mesmo. E além disso: eles são baratíssimos (pegamos um que, se não me engano, custou US$ 0,7). O ruim é que pra descobrir qual ônibus você precisa pegar para ir até um determinado lugar, você precisa de internet – nós tinhamos um chip com 3g e usávamos o Google Maps mesmo, recomendo.
Ah, o valor das passagens de ônibus varia de acordo com o número de pontos que você vai andar e os cobradores ficam andando e vêm até você pra cobrar. Como em geral nenhum falava inglês, mostrávamos o nome do ponto que queríamos ir no celular mesmo e eles diziam o preço (e ainda nos avisavam de quando estávamos chegando haha).
Comunicação
Nem todo mundo fala inglês – aliás, acho que só uma minoria fala (e mesmo assim tem vezes que entendê-los falando não é das tarefas mais fáceis). Mas juro, não tem problema. Aqui estou falando do sudeste asiático (mais especificamente, dos países que visitei) no geral: a grande maioria das pessoas é incrivelmente gentil e todos vão se esforçar para te ajudar, seja na hora de escolher um prato num restaurante ou a encontrar uma rua. O povo asiático é amor (tanto que em um mês viajando, que eu me lembre só uma pessoa foi meio grosseira com a gente) <3.
Onde ficar
Em Bangcoc, eu e meus amigos ficamos hospedados no apartamento de um amigo, em uma região mais residencial da cidade, portanto não tenho nenhum hotel para indicar por lá. Mas recomendo dar uma olhada em hospedagens próximas à região da Khao San Road – se você gostar de agito, por ficar nessa rua mesmo, se não, algumas ruas próximas, como a Rambuttri, são uma boa opção. Essa região é bem movimentada, cheia de turistas e próxima de várias atrações turísticas.
Se você perdeu meus posts sobre minha mala pra essa viagem, clica aqui e aqui pra conferir!
Ufa! Acho que é isso, espero que minhas dicas tenham sido úteis – e que eu tenha incentivado alguém a querer desbravar a Ásia também! Volto em breve com mais capítulos da minha saga asiática :).
41 comentários
Que máximo, Marina! Estava ansiosa por esse post. Sou doida pra conhecer a Tailândia, acho que está em primeiro lugar dos países que ainda quero conhecer no mundo. Minha amiga fez uma viagem bem parecida com a sua há uns 2 anos e disse que tem hotéis muito bons em Bangcoc com diária a míseros 12 dólares! Também já dei uma pesquisada no Airbnb por curiosidade e tem inúmeros apartamentos incríveis por uma pechincha.
Jade e Marina. Gostaria de saber sobre as opções de compras de cosméticos em Bangcoc! Onde comprar?! Encontramos marcas como Bioré?!
Tem Bioré na Boots, tem várias em Bangkok, é bem tranquilo achar! 🙂
Tava super aguardando esse post por conta da curiosidade que fiquei quando vi sua hashtag #ásiaemádigestao do IG. Que bom que deu tudo certo, rs, rs 🙂
Amei o post! As fotos estão lindas e a Tailândia deve ser incrível!
Já vi que eu iria amar a comida de lá. Adooooro apimentados e coisas com um toque oriental. Achei o post completíssimo! Parabéns!
Eu amei a Tailandia, tudo ‘e muito barato, em Bancoc ficamos em um hotel 5 estrelas….maravilhoso…(nunca ficamos em hotel 5 estrelas em nossas viagens, ‘e claro) mas l’a dava pra pagar de patrão….kkkk
Taxi ‘e barato, mas eles costumam cobrar mais dos turistas…nunca querem ligar o taximetro, então muitas vezes era dif’icil conseguir um que ligasse…apesar que, mesmo que eles cobrassem a mais, ainda ficasse barato, a gente não gosta de ser enganado n’e??? kkkk
Mas as pessoas são maravilhosas e muito simp’aticas…são na maioria pobres, mas felizes…amei muito e quero voltar!!
Marina, por favor me responda: VC viu muita aranha na Tailândia??? Ouvi dizer q lá tem a maior quantidade de subespécies de aranha do mundo!!! E q é costume dos hotéis deixarem aranhas fazerem teias nos quartos para afastar moscas! Vc viu alguma????
Não vi nenhuma hehe, e nem ouvi falar disso. Mas como disse no post, não me hospedei em hotel em Bangcoc.
Adorei esse post!
Adorei o post..
Acho que ia passar fome lá!!rs
Porque teria q ser sem pimenta nenhuma..rs
Apesar q o cardápio avisando isso, deixa tudo mais simples!
Estava super ansiosa por esse post. Ásia está na minha mira para próximo destino internacional. Estou coletando todo o tipo de informação. Aguardo os próximos posts 😉 Bjs e parabéns!
http://www.nathalyporai.blogspot.com.br
Nossa que fantástico !
Confesso que tinha um medinho de ir para a Tailândia, achava que ia ser muiiito diferente. Mas pelo que você contou e mostrou é realmente diferente, mas simplesmente incrível 😮
Com certeza se tornou um novo destino da minha lista \o/
Obrigada pelas dicas…
Beijos ~~
Ameiii a Tailândia! Voltei obcecada com uma futura visita, hehe!
Em Bangkok fiquei hospedada no Ibis Riverside, diária de US$30 e achei ótimo. Só a localização que poderia ser melhor, não tinha muitas opções de comércio e restaurantes, sabe? Mas dizem que o outro lado do rio Chao Phraya é bem melhor nesse quesito.
Aliás, praticamente só me locomovi em Bangkok por barco. Os templos ficam na beira do rio, é só escolher e descer. Usei táxi pras outras coisas e “transporte alternativo” pra ir à Ayutthaya.
Aliás, Ayutthaya é imperdível! É super missão chegar lá se não for contratando tour, mas valeu cada minuto de perrengue, rs!
Pena que o Wat Arun estava fechado quando você foi, é super diferente dos outros templos. Estava em obras quando fui, mas deu pra ver bastante coisa. Dizem que a restauração termina em 2017.
Aguardo ansiosa o próximo post!
Recomendo o Tara Place. Preço justo, limpo e na região bem central. Nos usamos o uber em bangkok, porque insistir pro taxista usar o taximetro era chato e pegamos alguna taxis bem sujos.
Estava esperando por mais detalhes dessa viagem incrível, Marina! Quero muito conhecer a Ásia num futuro próximo! 😉
<3 ficou ótimo o post, ótimas as fotos, ótimo o relato, e vc é ótima viajante! hahaha
Nossa parece ser encantador!
Posso perguntar quanto você gastou mais ou menos? hahaha já levando em conta que ficou com um amigo… Dizem que a Tailândia não é um lugar caro mas não tenho nem idéia de preços… 😛
Não é um lugar caro, mas infelizmente não sei te dizer quanto gastei. Falei um pouco sobre gastos no post sobre dicas gerais sobre a Ásia que linkei aí em cima. Bjs!
Se te ajuda, não fiquei em hostel, mas em hotel e gastei em média 150 reais a diária. Fui pra Bangkok, Ko Phi Phi e Railay Beach, quarto de casal. Pegamos uma promoção da Delta e o vôo ficou 2000 (fui em outubro mas comprei a passagem em julho, o dólar tava 3,45). Comida é muito barato, e só usamos transporte em Bangkok… usamos bastante o sky train e os barcos,q são muito baratos
Marina qual transporte vocÊs usaram para conhecer os templos?
E são muito caros?
Fomos a pé mesmo. Tem um tópico só sobre transportes no próprio post. Bjs!
Não posso ver post de viagem que já fico louca pra visitar. Pareceu incrível Bangcoc, preciso de mais férias hahahha
http://www.issoaquiloetal.wordpress.com
Que legal Marina!!! Conte sempre sobre suas viagens, por favor!!! rsrs ADOREI 😀
Marina, desculpa a pergunta não muito usual, mas vc disse no post sobre a mala que não despachou e levou os potinhos nas embalagens pequenas e fez tudo como a norma das companhias aéreas, mas como vc fez com itens como lâmina ou pinça? Pergunto porque estou me planejando para fazer uma viagem para lá também e queria estar com tudo em dia durante toda a viagem…
Levei na nécessaire mesmo, ninguém falou nada. Mas levei aquela lâmina Venus Breeze, que você pode desencaixar a lâmina em si do cabinho, sabe? Deixava os dois separados pra chamar menos atenção, hehe.
Oi Marina, da sua experiência, vc acha q é tranquilo ir sozinha para bangcoc?
Gente, pra mim foi o apocalipse alimentício! Estava receosa qt a comida… Num belo dia resolvi experimentar e passei muito mal! Fora isso, foi a viagem dos sonhos 🙂
[…] – Tailândia – parte 1 […]
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Marina!! Cadê a part 2?? hehehe Preciso!!
DIreto volto aqui e releio seus relatos… vou em fevereiro e as praias da taliandia que estão um pouco incertas só!! (Ficar em Railay, phi phi, ao nang…?) Posta aí pra gente!! hehe bjss
Sei que já faz um ano, mas tb queria a parte 2! hahahhaha
Marina, as passagens de deslocamento dentro da Ásia vcs compraram com muita antecedência?
Não consigo acessar o blog do Xóia! =/
Compramos em junho/julho e fomos em novembro.
Oi, meninas! tudo bem?
preciso dar um presente de aniversario pro meu namorado e estou sem ideias. pensei em comprar passeios na Tailândia, ja que iremos pra la no final do ano. vocês sabem de alguma agencia legal que de pra eu já fechar passeios daqui??? mas que sejam passeios incríveis!?!?!
super obrigada!! e parabéns pelo blog!!
beijos,
Steffi
Oi, Steffi. Foi pra lá sem nenhum passeio fechado e foi tudo ok, na verdade até prefiro assim… Então infelizmente não vou saber te indicar – isso também depende do lugar da Tailândia que você for. Bjs e boa viagem.
[…] na cidade, não vou falar/mostrar alguns pontos bem clássicos, como Grand Palace e Buda Reclinado. Aqui no meu primeiro post, que eu fiz em 2015, eu falei sobre isso. Demos prioridade para lugares que a gente não conhecia, como Wat Arun, o Templo do Amanhecer. Ele […]
[…] vou falar/mostrar alguns pontos bem clássicos, como Grand Palace e Buda Reclinado. Aqui no meu primeiro post, que eu fiz em 2015, eu falei sobre isso. Demos prioridade para lugares que a gente não conhecia, como Wat Arun, o Templo do […]
[…] se importe. É que, ao invés de dar dicas do que fazer em Bangkok (a Marina já deu várias boas aqui), eu queria contar como foi meu primeiro dia por lá. Porque era minha primeira vez na cidade, mas […]
[…] sobre minha primeira vez na Tailândia neste post aqui. Em 2017, quando voltei a Bangkok, também dei dicas por aqui. Retornei ao país […]
[…] sobre minha primeira vez na Tailândia neste post aqui. Em 2017, quando voltei a Bangkok, também dei dicas por aqui. Retornei ao país […]