Antes de começar o post, uma pergunta: quem aí ainda não leu meu Guia de Viagem Roma – Parte I? Corram lá pra conferir!
Bom, chegou a hora de mostrar a segunda parte desse guia, que trata de algumas questões sobre as quais várias de vocês estavam me perguntando. Vamos passear por Roma de novo?
Como é o curso que você escolheu fazer na cidade?
Vamos lá. Contei que minha mãe foi quem teve a ideia de ir para Roma estudar, lembram? Ela fez um curso na área dela na Università La Sapienza, uma das maiores da Europa em número de estudantes e com fundação no ano de 1303 (!). Quando decidi ir junto, pesquisei cursos livres para estudar também. Foi aí que encontrei, no próprio site da universidade, a Summer School (escola de verão) em Língua e Cultura Italiana.
Basicamente, a proposta do curso de duas semanas, sempre no verão, é criar uma imersão do estudante nas mais variadas facetas da Itália e, em especial, de Roma. As aulas eram divididas em três partes: italiano (com turmas de básico e avançado), cultura italiana (os professores falavam inglês numa turma e italiano na outra) e visitas guiadas por professores. As duas primeiras aconteciam pela manhã e, depois do almoço, partíamos para os passeios. No primeiro dia, eles nos deram um cartão com carga para pegarmos o transporte público em Roma rumo aos locais de visita (íamos sempre juntos) e todas as entradas pagas eram liberadas pelo curso.
Me inscrevi pelo e-mail que estava no site enviando um formulário de aplicação, meu diploma de graduação e meu RG frente e verso. Depois de alguns dias, recebi a confirmação de que fui aceita e logo em seguida as instruções de pagamento. O valor do investimento é de 1.400 euros, mas paguei antecipadamente e recebi desconto de 400 euros. Tive que fazer uma transferência internacional para a universidade. E aí pronto!
Eu adorei participar porque fiz amigos muito legais do mundo inteiro, refresquei a memória sobre o italiano (fiz por um ano em 2004 e já tinha esquecido tudo) e, principalmente, porque vi Roma sob o ângulo histórico, arquitetônico, artístico e arqueológico, o que muda muito a visão meramente turística. Para quem gosta dessas áreas, recomendo muito! A cidade é riquíssima e rende conversa para mais de duas semanas, acreditem.
Infelizmente, a próxima Summer School só acontece em julho do ano que vem. Mas quem quiser participar deve ficar esperta para se inscrever com antecedência!
O que é mais legal visitar em Roma?
Depende do que cada pessoa curte, não é? Mas acredito que o turista que vai para lá sabe que verá história e cultura por todo canto – isso sem mencionar, claro, a motivação religiosa em função do Vaticano. Roma é para ser apreciada com calma: anda-se muito a pé e, em cada esquina, há uma surpresa diferente. A mistura de influências das mais variadas épocas é super interessante de observar. A primeira vez que vi o Coliseu, assim, no meio da cidade, fiquei boquiaberta. Me senti mais parte da humanidade, sabem como? Parece loucura, mas ver algo tão antigo pela primeira vez me despertou esse sentimento. Foi lindo!
O que cada turista vai visitar depende muito do tempo de estadia. Então vou colocar aqui os locais que eu considero mais bacanas, na minha humilde opinião geminiana de quem adorou tudo em igual proporção, hahahaha:
Coliseu
Esse é clássico, né? Não tem como ir a Roma e não visitar. O Coliseu tem esse nome porque, próximo ao anfiteatro, havia uma estátua colossal do imperador Nero feita em bronze (infelizmente, não está mais lá). O local era utilizado para espetáculos variados, que incluíam, também, as famosas batalhas entre os gladiadores da Roma Antiga.
Monte Palatino
Fórum Romano visto do Monte Palatino
Fica pertinho do Coliseu e dá para ir a pé. O Palatino é uma das sete colinas de Roma, onde se desenvolveu, em princípio, a cidade. Dentro do local, dá para ver ruínas dos antigos palácios imperiais e também um sítio arqueológico considerado a casa de Rômulo, o fundador de Roma. De cima, avistam-se as ruínas do Fórum Romano.
Basílica de São Clemente
Quem entra desavisado nessa igreja nem desconfia de seus segredos subterrâneos. É que, embaixo da construção principal, do século 12, há outros dois níveis escondidos pelo tempo. O primeiro é uma outra igreja, mais antiga, datada do século 4. E o segundo é nada menos que um templo pagão (!).
Praça e Basílica de São Pedro
Mesmo quem não é católico visita a Praça de São Pedro – para verem o Papa, é lá que os fiéis ficam! A arquitetura do local é fantástica e, na Basílica, dá para conhecer a Pietà, do artista Michelangelo, única obra assinada por ele de que se tem notícia. A perfeição dos detalhes no interior da igreja impressiona.
Museus do Vaticano
Detalhe de um pátio dos Museus do Vaticano
Para visitá-los, é preciso separar um dia inteiro, porque há muita coisa para se ver. São várias construções e corredores infinitos lotados de arte. Um dos pontos altos do lugar é, claro, a Capela Sistina, com as pinturas no teto feitas por Michelangelo. Só lá dá para perder umas horas observando a perfeição…
Castelo de Santo Ângelo
Rio Tibre visto do Castelo Santo Ângelo
No topo, oferece uma vista sensacional de Roma – é possível avistar o Vaticano e o Rio Tibre. Além disso, o castelo tem uma história repleta de mudanças: primeiramente, foi construído para ser o mausoléu do imperador Adriano, no século 2. Depois, teve função militar e, mais tarde, religiosa. Até um anjo foi avistado por lá, hahaha!
Atenção!
Vale ficar atenta aos avisos de não tirar foto dos locais de visitação. As igrejas também possuem dress code – para entrar, é preciso cobrir os braços com um lenço.
Onde você ficou hospedada?
Fiquei no Hotel Portamaggiore, em frente à praça de mesmo nome – a localização é super boa e tem muitas linhas de tram que passam no local. Não posso dizer pra vocês que o hotel é uma maravilha, mas para chegar à noite cansada e só dormir é bem digno (e 55 euros por dia para duas pessoas, vejam bem). O café da manhã é básico e tem pães salgados e doces, café e sucos de máquina, geleias, manteiga e fim. O quarto em que fiquei com a minha mãe, num dos andares mais altos, é mais moderno em comparação aos dos andares inferiores. Tem ar condicionado (mas cuidem que eles desligam durante o dia – pois é), frigobar, TV e cofre eletrônico, além de banheiro com ducha a gás.
E a comida, é boa?
Pra quem gosta de comida italiana, como eu, é muito! Mas preparem-se porque as coisas mais fáceis de encontrar são massas dos mais variados tipos e pizzas. Em duas semanas, não me lembro de ter comido carne, a não ser no molho bolonhesa. Tem muitas saladas também, especialmente com rúcula, tomate e mozzarella. Também se encontra abobrinhas, berinjelas e pimentões assados com alho (nham!).
Infelizmente, não vou saber indicar um super restaurante para vocês irem porque ia de forma não-planejada almoçar e jantar nos lugares. No almoço, comíamos perto da universidade num lugarzinho que cobrava por prato (gastava menos de 10 euros em entrada, prato principal, sobremesa e bebida). E, no jantar, comia ou com meus amigos na região onde estávamos ou com a minha mãe perto do hotel.
Uma refeição memorável que fiz foi na Enoteca Trastevere, num sábado em que saímos para a noite romana (no próximo tópico, falarei mais sobre esse assunto). Comi uma berinjela à parmigiana que mora nos meus mais profundos delírios da gula até hoje. Estava uma delícia e, para acompanhar, escolhemos um vinho da adega gigantesca do restaurante. Não saiu barato (não me lembro quanto, desculpem), mas valeu cada centavo.
Como é a noite romana?
Pelo que entendi (hahahaha), o point dos bares da cidade é em Trastevere mesmo. O nome faz referência à posição do bairro em relação ao rio Tibre, que em italiano é chamado de Tevere. Por lá, está tudo aquilo que a gente sonha quando vai ao país: milhões de bares e restaurantes com suas mesinhas na calçada, música, feirinha… A única questão é que esses estabelecimentos fecham cedo, às 2 da manhã. Bom para quem precisa acordar cedo para passear no dia seguinte, né?
Ufa! Essa foi a segunda parte do meu Guia de Viagem Roma. Num próximo – e esperado – post, as comprinhas! Aguardem!
38 comentários
Thaís, tô amando suas dicas de Roma! Espero me aproveitar delas em breve!
oi thaa, o coliseu concerteza é um sonho s2 tem tantos predios, castelos, monumentos historicos, a cultura da roma sem duvida é muito rica, amando o guia de viagem e sabendo sobre cada lugar em q vc esta passando thaa mesmo sabendo q nunca estarei aí :((
thaa, me visite também:
http://www.gilvaniaevans.com
Opa… anotando as dicas
Obrigada
bjs
http://ladycatblog1.blogspot.com/
Amando cada pedacinho das histórias!! Espero o próximo! <3
Mais um post super completo!! Ameiii!! Vc nos transporta pra lá com suas palavras. Estou ansiosa pra ler o de comprinhas 😉
ai thais…antes do post ja estava pesquisando sobre a tematica…e decidi daqui dois anos depois da especializaçao…
Que legal! Guarda essa ideia com carinho e vai que vai! 🙂
Taísa! Vou para Roma em setembro e adorei as dicas, inclusive a do hotel! acho que vou reservá-lo agora mesmo!rs!bjs
Eu jurei nunca voltar à Itália no verão, mas por Deeeus, quero fazer esse curso!! Culpa sua, Thais!
HAHAHAHAHA, imagina, tenho nada a ver com isso! 😀
Tem um restaurante perto do Coliseo muito bom. Se chama Il Bocconcino, é bem simples, pequeno e fica bem escondidinho, mas a comida e o atendimento sao excelentes!
Tem até website: http://www.ilbocconcino.com/en/#our-story
E os precinhos camaradas. 😉
Opa, valeu pela dica!
Uma igreja que também é legal de se conhecer é a Chiesa fi Santa Maria Immacolata. A cripta tem sei la quantos milhares de ossos dos ‘frati cappuccini’, beeeem bizarro. Ah, a piazza navona e a Fontana di Trevi são bem bonitas!
Muito bom!
Eu conseguiria viver fácil fácil com essa dieta…massa, pizza, salada, massa, pizza, salada…
Estou amando seus posts!
Ai como eu amo a culinária italiana!!! 🙂
Adorei, viajei junto com você agora. Thaís, sem entender nada de italiano a não ser nome das comidas, dá pra se virar nesse curso básico? E você conseguiu aproveitar os passeios ou são todos muito corridos? To apaixonada e querendo reservar um curso desses pra ontem!
Opa, dá pra se virar sim! Caso não saiba italiano, você precisa saber inglês para poder participar do curso, uma vez que as aulas culturais e os passeios são ministrados nessa língua. A aula de italiano, mesmo no básico, é sempre em italiano, mas com muita calma e paciência da professora!
Senti que aproveitei bem a cidade com os passeios, mas em alguns dias confesso ter ficado com vontade de passar mais tempo em cada lugar. Os Museus do Vaticano, por exemplo, formam uma visita para um dia inteiro! Porém, como temos a agenda para aulas e passeios, fica apertadinho, não tem jeito.
Engraçado, nó brasileiros costumamos achar que os lugares fecham “cedo”, rsrs. Você não é a primeira que vejo fazendo esse comentário. Pra mim 2h é tarde pra caramba #velha mas te entendo, aqui a maioria dos lugares meio que não tem hora pra fechar…
Adorei a visita guiada express que vc fez nesse post, Thais. rsrsrs
Só não amei a parte da comida… poxa só massa eu viraria uma bolinha fraca rapidinho. Preciso de carrrrne pra viver. kkkkkk
*ansiosa pelas compras*
bjs
Eu tenho a impressão que na Europa se come bem menos carne do que no Brasil. Na semana que fiquei em Paris, a única carne que comi foi a de frango num restaurantezinho chinês que tinha perto do meu hotel.
Ai, que saudades de Roma! O melhor de lá, para mim, é andar pelas ruas que nos fazem sentir dentro de um filme… É tudo lindo! Adorei a região da Piazza Navona, as ruas em torno são bem o que imaginamos de Itália. E passear pela Via del Corso também, ver as lojas, é muito gostoso… Do post eu só não acho o Monte Palatino bacana assim, deve ser porque eu não estava com guia. Mas acho que a ideia do lugar é incrivel, mas tem que ter muita imaginação porque o que sobrou é literalmente ruína, tudo meio “igual”. Mas como é colado ao Coliseu, é válido ir conhecer!!
que máximo!!! Adorando seu guia de viagem Thais
lindas fotos!!!!
Adorei o post, super bem explicado <3 Morrrrro de vontade de conhecer a Itália! Deve mesmo ser lindo! E a culinária então? Eu voltaria com muitos kilos a mais HAHAHAHA! http://simsemfrescura.blogspot.com.br/
Amei Roma! Gostei muito do coliseu, amei o museu do vaticano, mas acredita que meu ponto turístico favorito foi o Altare della Patria? Fiquei impressionada com o tamanho e a beleza.
Olá Thais, parabéns pelos posts, são ótimos, estou adorando saber mais sobre esse curso que vc fez. Só uma dúvida: quando vc disse (escreveu) que enviou seu diploma de graduação, quer dizer da faculdade? é exigido nível superior para esse curso? E é necessário conhecimentos em italiano para participar?
Olha, eles me pediram o diploma da faculdade, mas lá havia muitos estudantes ainda, então acredito que role participar mesmo sem ter finalizado o curso superior.
Se você quiser participar sem saber italiano, pode fazer como eu e escolher as aulas e visitas em inglês. A aula de italiano, mesmo no básico, é feita sempre na língua. Mas não se preocupe que a professora é bem paciente e fala devagar!
Só eu que entro no blog e fico me atualizando e comentando posts antigos? hehe
Amei o post, um sonho esse lugar, me identifiquei porque quando viajo faço igual a você, vou entrando em restaurantes aleatórios e depois nem lembro mais o nome, mas é sempre uma boa experiência rs ….agora fiquei morrendo de fome!
Thais, seu guia de viagem de Roma é um dos melhores que já li! Me fez ter ainda mais vontade de conhecer Roma!
Itália é maravilhosa por fotos, pessoalmente então deve ser um sonho.
Amei o post! Que vontade de conhecer Roma!
Encantada com a foto do coliseu. Belíssima 🙂
Nunca tinha pensado em conhecer Roma, agora já faz parte dos meus planos!
Adorando esse seu guia de viagem, futuramente irá me ajudar muito, sonho conhecer esse lugar! <3
Que vontade de viajar e fazer um curso como esse, conhecendo melhor a cultura de um lugar e passeando muito.
http://www.issoaquiloetal.wordpress.com
Dá uma vontade imensa de conhecer Roma de perto! Adorei o post, Thais 😀
Amei a postagem 🙂
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